terça-feira, 5 de agosto de 2008

Presidentes da Câmara Municipal de Resende


Adalberto Salles – 1911-1973
Mineiro do município de Lavras, filho do casal Adalberto Salles e Maria do Carmo Salles. Radicou-se em Resende, onde galgou muitas amizades e desempenhou diferentes funções de serviços sociais e comunitários. Em reconhecimento a sua atuação, a Câmara Municipal concedeu-lhe o título de Cidadão Resendense. Advogado e pecuarista. Ocupou destacados cargos na administração da Cooperativa Agropecuária de Resende. Político, filiado a ARENA, foi eleito vereador municipal e presidiu a Casa de Rui Barbosa em 1967, tendo como vice o vereador Isaac Politi.
Dr. Adalberto, cidadão resendense, resolução n° 1247, de 27 de setembro de 1975.

“Casa de Rui Barbosa”

O plenário da Câmara Municipal de Resende é denominado “Casa de Rui Barbosa” em homenagem a este notável jurista brasileiro. Oficializada através de indicação do saudoso vereador Dr. João Vilela Alves Leandro. Lei n°. 85 de 16 de novembro de 1949, ano em que se celebrou o centenário de nascimento de Rui Barbosa. Lei promulgada pelo prefeito da época, o Dr. Geraldo da Cunha Rodrigues.

Por indicação da mesa diretora da Câmara Municipal, Lei n. 2070, de 03. de setembro de 1999. O prédio da Câmara passou a denominar-se “Palácio Dr. Haroldo Vianna Rodrigues”.

Dr. Haroldo Vianna Rodrigues, além das virtudes de médico humanitário, foi vereador em diferentes mandatos.










Albino Antônio de Almeida – 1824 – 1884
Resendense, filho do casal Pedro Antônio de Almeida e Antônia Maria do Espírito Santo Almeida, casado com Francisca de Paula Nogueira, 9 filhos. Por decreto provincial de 1872 foi nomeado tenente coronel da Guarda Nacional e comandante do 11o Grupo de Cavalaria de Resende, fazendeiro, proprietário das fazendas Retiro, Córrego Fundo e Pitangueiras, Comerciante. Foi Deputado Provincial em três legislaturas, Vereador presidiu a Câmara Municipal de Resende em 1869 e outros períodos. Um dos líderes do Partido Conservador em Resende
O coronel Albino Antônio de Almeida, no exercício da presidência da Câmara, em 1869, mandou, como se dizia na época, contar a população. Apurou-se que era constituída de 16.237 pessoas livres e 7.915 escravos. É autor do projeto para a construção da torre da Igreja Matriz utilizando-se as pedreiras municipais.
Na presidência do Cel. Albino de Almeida no ano de 1856, a Câmara Municipal entregou a população a primeira caixa d’água de Resende construída próximo a Igreja Senhor dos Passos.
No ano de 1867, o vereador Albino de Almeida foi um dos fundadores da Sociedade Patriota, composta de várias autoridades políticas e religiosas do município. Este encontro teve por objetivo principal com urgência, angariar fundos financeiros e materiais e prestar apoio irrestrito ao Governo Imperial.
A Avenida Albino de Almeida, onde fica o Calçadão em Campos Elíseos – Distrito de Agulhas Negras, no passado, por volta de 1840 era a Rua da Ponte, em 1870 passou e ser a Rua do Presidente. Finalmente, em 1888 a Rua Albino de Almeida, numa justa homenagem a esta figura de relevo no município.

“Visita do Imperador”

Cabe lembrar que 1874, os atoleiros da rua assustaram os vereadores quando souberam a noticia da visita do imperador D. Pedro II a Resende.
O Monarca veio com sua comitiva e só não atolou porque os tropeiros do Rancho dos Mineiros “instalado naquela rua” estenderam couros para o ilustre visitante passar, ajudando-o a transpor o atoleiro. Temendo a reprise daquele episodio grotesco, pelo sim, pelo não a Câmara mandou calçar a rua, atitude que não tomará antes apesar da reclamação da população durante anos. O imperador pelo visto ficou agradecido tanto é que destinou ajuda financeira para as obras da Igreja Matriz e a Santa Casa de Misericórdia. Depois do atoleiro atendendo a solicitação da população a rua foi finalmente calçada.











































Alceu Vilela Paiva Júnior – 1960
Filho de Alceu Vilela Paiva e Yolanda Pinto Paiva, nasceu em Campina Grande, no estado da Paraíba – por motivo de transferência do pai militar. Membro dos partidos PTB e PSDB, presidente da Câmara em 1999 e 2002, foram vices: Dr. Carlos Alberto da Fonseca e Juracy Aguiar Cunha. Na presidência da casa criou, no primeiro ano de sua gestão, a Medalha Tácito Vianna Rodrigues, com a qual a Câmara municipal de Resende premia, anualmente, o cidadão resendense que obtenha destaque em âmbito regional, nacional e internacional.
Paralelamente, é autor da resolução que cria a Sessão itinerante nos bairros e distritos do município, bem como da que acaba com o voto secreto na Câmara Municipal de Resende. Foi também responsável pela criação do Anexo Aarão Soares da Rocha, onde estão instalados os gabinetes dos vereadores. Até então, os vereadores não possuíam gabinetes individuais para receber os munícipes.
Empossado Presidente da Câmara, o vereador Alceu promoveu um encontro com os moradores da Fumaça e o comandante do Batalhão da P. M. de Volta Redonda, Cel. Humberto de Oliveira. A reunião teve como objetivo discutir a reabertura do posto policial do distrito.
A seguir e por solicitação dos moradores, o vereador oficiou a Prefeitura Municipal, pedido para a instalação de um mini-hospital no imóvel da Cooperativa Agropecuária em Mauá e a cobertura da quadra da Vargem Grande.

Lei n. 3618 de 01 de junho de 1999.

EMENTA: Obriga a criação de filas
Exclusivas para idosos, nos
supermercados do Município
de Resende, e dá outras
providências.

A CÂMARA MUNICIPAL DE RESENDE, NO USO DE SUAS ATRIBUIÇÕES LEGAIS E CONSTITUCIONAIS,

DECRETA:

Art. 1o - Fica obrigatória a criação de fila exclusiva para idade a 65 (sessenta e cinco) anos, nos supermercados instalados no Município de Resende.

Parágrafo Único. Os beneficiários de que trata o “caput” do presente artigo deverão comprovar idade, sempre que solicitado, mediante a apresentação de carteira de identidade.

Art. 2o – Terão direito a se utilizar da fila exclusiva, gestantes e pessoas portadoras de deficiência física.

Art. 3o – Os estabelecimentos comerciais de que trata a presente lei, terão o prazo de 30 dias improrrogáveis para a adequação das normas a serem adotadas, sob pena de incorrer em multa.

Parágrafo 1o – Caberá ao Poder Executivo, através do órgão competente, a fiscalização do cumprimento desta Lei.

Parágrafo 2o – Deverá o Poder Executivo fixar, mediante ato específico, no prazo de 30 dias, o valor da multa por descumprimento, que não poderá ser inferior a 1000 UFIR’s.

Parágrafo 3o – Ficam desobrigados do cumprimento da presente Lei, os supermercados que possuírem até cinco caixas.

Art. 4o – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

Gabinete do Presidente da Câmara Municipal de Resende em 01 de junho de 1999.

Alceu Vilela Paiva Júnior
-Presidente-














Alcides De Carli
Nascido em Chapecó-SC, Alcides De Carli passou a infância nas lavouras de café dos estados de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul. Acompanhando a família, mudou-se para Porto Alegre, onde conseguiu emprego em um supermercado, chegando ao cargo de gerente. Mais tarde, de volta ao Paraná, trabalhou como propagandista de laboratórios e também com reciclagem.
Atravessando o país, Alcides trabalhou em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul chegando a Rondônia, onde desenvolveu atividade na mata pelo INCRA e para empresas madeireiras. Como caminhoneiro, outra profissão exercida, ajudou a escoar a produção de madeira para o Sul do país. Em uma destas viagens, chegou a Volta Redonda. Contratado pelo supermercado Floresta, galgou os cargos de supervisor, gerente regional e gerente geral. Sendo transferido logo depois para a filial de Resende.
Casado com Miriam Rejane Carvalho De Carli, ele está há mais de 20 anos em Resende. Além de gerente de supermercado, De Carli já foi também padeiro e atuou no comércio da Grande Alegria. Mais tarde tornou-se mecânico de automóveis e montou sua própria oficina. Foi vereador e presidente da Câmara por dois mandatos consecutivos, 2004 a 2006. Convertido ao evangelho, hoje ele é obreiro da Igreja Universal onde atua na ajuda de pessoas com problemas familiares, viciados e desempregados.

LEI N. 4095 DE 18 DE MARÇO DE 2004.

EMENTA: Estabelece quotas
de 20 % reservadas para
afro-brasileiros em concurso
público para provimento de
cargos eletivos da
administração pública e dá
Outras providências.

A CÂMARA MUNICIPAL DE RESENDE, ESTADO DO RIO DE JANEIRO, NO USO DE SUAS ATRIBUIÇÕES LEGAIS E CONSTITUCIONAIS,

DECRETA:

Art. 1o – Ficam reservados aos afro-brasileiros 20 % (vinte por cento) das vagas oferecidas nos concursos públicos, efetuados pelo Poder Público Municipal,para provimento de cargos efetivos.

Parágrafo 1o. A fixação do número de vagas reservadas aos afro-brasileiros e respectivo percentual, far-se-á pelo total de vagas no edital de abertura do concurso público e se efetivará no processo de nomeação.

Parágrafo 2o. Preenchido o percentual estabelecido no edital de abertura, a Administração oferecerá novas vagas durante a vigência do concurso em questão, devendo a reserva de 20% (vinte por cento) aos afro-brasileiros ser mantida.

Parágrafo 3o – Quando o número de vagas reservadas aos afro-brasileiros resultar em fração, arredondar-se-á para o número inteiro imediatamente superior, em caso de fração igual ou maior a 0,5 (zero vírgula cinco), ou para o número inteiro imediatamente inferior, em caso de fração menor que 0,5 (zero vírgula cinco).

Parágrafo 4o – A observância do percentual de vagas reservadas aos afro-brasileiros dar-se-á durante todo o período de validade do concurso e aplicar-se-á a todos os cargos oferecidos.

Art. 2o – O acesso dos candidatos à reserva de vagas obedecerá o pressuposto do procedimento único de seleção.

Art. 3o – Na hipótese de não preenchimento da quota prevista no art. 1o, as vagas remanescentes serão revertidas para os demais candidatos qualificados no certame, observada a respectiva ordem de classificação.

Art. 4o – Para efeitos desta Lei, considerar-se-á afro-brasileiro aquele que assim se declare expressamente, identificando-se como de cor negra ou parda, pertencente à raça etnia negra, seguindo-se as regras previstas no Edital do concurso.

Parágrafo Único – Tal informação integrará os registros cadastrais de ingresso dos servidores.

Art. 5o – Detectada a falsidade na declaração a que se refere o artigo anterior, sujeitar-se-á o infrator às penas da Lei, ainda:

I- Se candidato, à anulação da inscrição no concurso público e de todos os atos daí decorrentes;
II- Se já nomeado no cargo efetivo para o qual concorreu na reserva de vagas aludidas no art. 1o, utilizando-se da declaração inverídica, à pena disciplinar de demissão.

Parágrafo Único. Em qualquer hipótese, ser-lhe-á assegurada a ampla defesa, em processo administrativo.

Art. 6o – As disposições desta Lei não se aplicam àqueles concursos públicos cujos editais de abertura foram publicados anteriormente à sua vigência.

Art. 7o – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

Gabinete do Presidente da Câmara Municipal de Resende, em 18 de março de 2004.

Alcides De Carli
Presidente































































Alfredo Antônio de Amorim – 1858-1926
Seus pais José Antônio Amorim e Claudina de Azevedo Maia, Coronel da Guarda Nacional, próspero fazendeiro e atuante homem público. Vereador da Câmara Municipal de Resende e seu presidente em 1920, tendo como vice o vereador Salvador Leite.
Este resendense foi autor da lei que dá o nome de Dr. Cunha Ferreira à antiga Rua Formosa (depois Voluntários) e também da lei que muda para Dr. Eduardo Cotrim o nome da Rua da Misericórdia, no Bairro Lavapés - o mais antigo da cidade.

“População...”
Durante a vigência do presidente Alfredo Amorim, foi apresentado o resultado do recenseamento de 1920 para o município de Resende:
População: 23. 383 habitantes, sendo, 7. 297 homens; 7. 400 mulheres e 8. 683 menores de 13 anos. Em relação ao recenseamento anterior, fora o distrito de São Vicente Férrer (Fumaça), o que perderá maior número de habitantes, 2. 673, embora certo que, em todos os distritos se reduzira o número de habitantes. O número de analfabetos, inclusive adultos, era de 76%, sobre o número global de habitantes.

“Conservação das Estradas...”

Art. 1 – Fica criado o imposto de prestação de serviços, exclusivamente destinado a construção, reparos e conservação das estradas municipais e caminhos vicinais.
Art. 2 – Todo cidadão maior de 21 anos, residentes na zona rural, contribuirão anualmente com dois dias de serviço pessoal para fins estatuídos no artigo precedente...
Depois de muita discussão a lei foi aprovada pela maioria dos vereadores.





















































Alfredo Thomaz Whately – 1837-1914
Importante personagem da história do município. Filho de Thomaz Whately e Francisca Xavier de Toledo Whately. Resendense, formou-se em 1862 na tradicional Academia de Direito, do Largo de São Francisco, no centro da capital paulista.
Brilhante advogado, líder do Partido Liberal, foi deputado do Império e da Republica, vereador, presidiu a Câmara Municipal de 1885 a 1889.
A história registra que após a sua formatura, foi recebido em sua terra com grande festa, organizada por Maria Benedita “A Rainha do Café”, em seu solar na Praça Dr. Oliveira Botelho.
A partir de 1916, por deliberação da Câmara Municipal de Resende, a antiga Rua do Presidente ficou denominada Rua Alfredo Whately, numa justa homenagem a este notável homem público.
“Um lar que cuide dos órfãos...”...
O vereador Alfredo Whately propõe a Câmara empenhar-se no sentido de fundar na cidade um Núcleo Organológico e um Preventório para recolhimento e ensino primário e profissional de órfãos desvalidos e menores abandonados na via pública.
Anos após, certamente imbuída do mesmo espírito humanitário não foi criada, anos após, em 15 de agosto de 1919, a pioneira Maria Antonina Ramos Freire, ao criar a Escola Profissional Sagrado Coração, com os mesmos objetivos do Dr. Whately materializou aquela feliz idéia.

“Joquei Clube de Resende...”

Durante a legislatura do vereador Alfredo Whately, em julho de 1876, foi autorizado o funcionamento do Jóquei Clube de Resende.
Decreto-lei n. 6230 de 24 de jun. 76

A Princeza Imperial Regente, em nome de sua Magestade o Imperador, licenciou ao que se requereu o Jóquei Clubbe de Resende.
Palácio Imperial do Rio de Janeiro
Vinte e um de junho de mil oitocentos e setenta e seis
Qüinquagésimo quinto da Indepedência e do Império
Ass.: Princeza Izabel















































Aluísio Antônio Balieiro Diniz – 1948
Resendense, filho de Izonildo Francisco Diniz e Guilhermina Balieiro Diniz, casado com Marta Ferraz Balieiro. Médico oftalmologista e empresário foi Vereador de 1989 a 1992 e de 1993 a 1996. Liderança do Partido Trabalhista Brasileiro. Presidiu a Câmara Municipal de Resende em 1993 tendo como vice Sérgio Henrique Rodrigues Ferreira.
Autor da Lei regulamentando a compra de produtos, principalmente tinta “spray”, compromissando os comerciantes a cadastrarem os compradores. O objetivo da lei foi o de inibir, dificultar a ação de “pixadores” de muros, prédios públicos e privados e o uso da cola de sapateiro como droga por menores.
Bem relacionado com autoridades do Governo Federal, o vereador Balieiro conseguiu trazer de Brasília para o município, expressivos recursos financeiros e materiais.

Assinou e agosto de 1993, a Lei n. 3070 – Abril de 1993 realização de atividades culturais no município de Resende.

Art. 1o - As atividades ou manifestações culturais realizadas em Resende ou de interesse municipal, receberão incentivos fiscais na forma da lei.

Art. 2o – As atividades ou manifestações de natureza cultural são aquelas atinentes a formação educacional do povo, as expressões criadoras da pessoa. Projeções do espírito humano materializados em suportes dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira consubstanciadas nas formas seguintes, entre outras:

1 – Artes Dramáticas
2 – Música
3 – Folclore
4 – Dança
5 – Literatura
6 – Artes Plásticas.

Dr. Aluízio Antonio Balieiro Diniz
Presidente

Esta Lei tem ainda outros sete artigos e foi publicada no Jornal Folha da Cidade – 12 mai. de 1993.











































André Bernardes Rangel – 1754
Mineiro de Airuoca, advogado, Comerciante de café. Em 1801 foi nomeado pelo Vice-Rei para ocupar o cargo do nosso primeiro Juiz ordinário de órfãos, cabendo-lhe acompanhar os atos administrativos que se faziam necessários, como a escolha eletiva dos primeiros vereadores de Resende. Cabe lembrar que naquele ano a freguesia de Nossa Senhora da Conceição do Campo Alegre da Paraíba Nova tinha sido elevada à categoria de Vila, com o nome de Resende, significativo fato histórico ocorrido a 29 de setembro de 1801.
O Dr. André Bernardes Rangel foi o primeiro Presidente da Câmara, com mandato de 1801 a 1804. E em outros períodos, na sede da Câmara Municipal tem um artístico retrato deste personagem de nossa história.
Em 29 de setembro de 1801, foram eleitos através do “pelouro”, os vereadores: Antonio Pinto Franco, Joaquim João Rodrigues, Manoel da Silva Guimarães, Vicente Marques Ferreira.
Coube ao Dr. André Bernardes Rangel, 1o juiz ordinário de Resende, presidir a Câmara Municipal recém inaugurada. Eles cumpriram o mandato legislativo de 1801 a 1804. Desta data em diante e até 1829 existe uma lacuna na documentação existente, fato este já detectado no século XX pelo Dr. João Maia, no seu fundamental trabalho histórico sobre o município. Desta forma as informações sobre as composições da Câmara do início até 1829 continuam prejudicadas.

Rua Dr. André Bernardes...
O primeiro presidente da Câmara, já foi nome de rua em Resende, não é mais, quando ele veio de Minas foi morar com a família, na travessa “Pedregulho”, que ligava a Praça do Rosário à Concórdia. Após sua morte a Câmara denominou a rua com o seu nome. Em 1927 a Câmara trocou o nome do logradouro público, para Rua Francisco Vilaça, também personagem da História de Resende. Cabe registrar que nesta rua funcionou em 1913 a primeira sede da Prefeitura Municipal de Resende, criada naquele ano.
Francisco Vilaça foi o produtor do famoso “Conhaque Vilaça”, divulgadonos jornais em versos:

“Da tosse o maior ataque,
seja qual for o calibre
passará com o “cognac”
licoroso de gengibre.

Não há um só resfriado
O mais cruel e manhoso
Que não possa ser curado
Com o conhaque licoroso”.







































Antônio Bueno Rangel - 1809 - 1886
O Capitão Antônio Bueno Rangel foi Juiz de Paz e ocupou diferentes cargos de eleição e de confiança pública. Foi eleito para o mandato 1849–1852, junto com os vereadores:
Pedro Ramos da Silva
João Carvalho de Azevedo Maia
Luis Mendes de Azevedo Almada
Padre Manuel Fonseca Melo
Padre Marciano Joaquim de Almeida Luz
Antonio Campos Freire
Claro Rodrigues de Almeida
José Joaquim da Silva Sá
A Câmara passou a ser composta de nove vereadores, por ter sido Resende elevada à categoria de cidade, pela Lei Provincial de 13 de julho de 1848. O mais votado vereador Antônio Bueno Rangel, presidiu a Casa de 1849 a 1851.
Faleceu em 1886 e foi sepultado no município de Santa Bárbara, na província de São Paulo.

“Uma Nova Província ...”

Propôs o vereador Padre Mota, em sessão de 7 de junho de 1829, que a Câmara representa-se ao Corpo Legislativo sobre a convivência de criar uma nova província, tendo por capital Resende e por distritos os municípios vizinhos, deste e alguns das províncias de São Paulo e Minas Gerais.
Entendia o Padre mota que desta forma toda a região ganharia em todos os sentidos e a proposta foi comunicada a todos os municípios. O final da longa exposição de motivos, foi desta forma:
Deus guarde vossas mercês, Resende, 04 de agosto de 1829
José Marques da Mota,
Joaquim Pereira Escobar
Fabiano Pereira Barreto
Antonio Luis Gonçalves Viana
João Lourenço Dias Guimarães
Francisco do Carmo Fróes.
Prevaleceu a ciumeira e outros interesses políticos e a proposta não vingou. Os municípios tinham consciência dos ganhos sociais e políticos que todos teriam, mesmo assim não concordaram de Resende ser a capital da nova província. Conseqüentemente a proposta foi descartada.











































Antônio Cardoso Gastão Filho – 1939
Resendense, filho de Antônio Cardoso Gastão e Euzi Tavares Gastão, casado com a professora Sibele Leal Cardoso Gastão, pai de quatro filhos, aluno do então Grupo Escolar Olavo Bilac, modelar casa de ensino de Campos Elíseos onde ele residia, Colégio Dom Bosco e Associação Educacional Dom Bosco. Vice Nelson José de Assis.
Economista e empresário exerceu o cargo de Secretário Municipal de Indústria, Comércio e Turismo, filiou-se aos partidos PFL e PSC, foi vereador de 1989 a 1992 e de 1993 a 1996, presidindo a Casa de Rui Barbosa em 1995.
Em 1990 presidiu a Constituinte Municipal que elaborou a Lei Orgânica do Município, assim composta: Antonio Cardoso Gastão Filho – Presidente
João Mendes da Cunha Filho – Vice Presidente
Ney Paulo Panizzutti – 1o Relator
Pedro Paulo Florenzano – 2o Relator


“Lei Orgânica”

“Nós vereadores constituintes do município de Resende, no pleno exercício dos poderes outogardos pelo art. 21 do ato das disposições constitucionais da Republica Federativa do Brasil, reunidos em assembléia e exercendo nossos mandatos, em perfeito acordo com a vontade política dos cidadãos deste município quanto a necessidade de ser construída uma ordem jurídica democrática voltada a mais ampla defesa da liberdade e da igualdade de todos, e a exploração do homem pelo homem, dentro dos limites autorizados pelos princípios constitucionais, promulgados sob a proteção de Deus, a presente lei orgânica do município de Resende.
Constituída de 260 artigos, entre outras medidas, a nova “Constituição Municipal”, transformou a comunidade de Bulhões no terceiro distrito de Resende, extensão desmembrada do antigo distrito de Porto Real”.

LEI N. 3215 de 22 de junho de 1995.

A CÂMARA MUNICIPAL DE RESENDE, ESTADO DO RIO DE JANEIRO,

RESOLVE:

Art. 1o – Fica concedida isenção de impostos e taxas municipais, pelo prazo de 15 anos, ás empresas que aqui se instalarem, com capital social mínimo, da matriz aqui sediada ou destacada para filial, de 62.000 (sessenta e dois mil) unidades Fiscais do Município.

Art. 2o – O incentivo fiscal de que trata esta lei será concedido por ato do Prefeito Municipal, mediante requerimento do contribuinte, comprovado o atendimento das condições estabelecidas no artigo anterior.

Art. 3o – Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação.

Art. 4o – Revogam-se as disposições em contrário.

Gabinete do Presidente da Câmara Municipal de Resende, em 22 de junho de 1995.

Antônio Cardozo Gastão Filho
Presidente


























Antônio de Carvalho Farias – 1936
Nascido no município paulista de Areias, filho do casal Esaú de Araújo Farias e Maria José de Carvalho. Oficial do exército brasileiro serviu na Academia Militar das Agulhas Negras; engenheiro e professor universitário. Jornalista, Toninho Capitão (como é conhecido) escolheu o humor para falar da vida política da cidade. Filiado ao partido ARENA, elegeu-se para o cargo de vereador no mandato tampão de 1971-1972. Eleito com 1573 votos foi o mais votado, cabendo-lhe presidir a câmara Municipal em 1971.
Em 1972, na vigência do presidente Antonio de Carvalho Farias, a Câmara Municipal de Resende se instalou no antigo prédio, originalmente Caixa Rural e depois Banco do Brasil. Final feliz após muito empenho e habilidade do então prefeito José Marco Pineschi, que conseguiu comprar do Banco do Brasil para municipalidade aquele prédio tradicional, da rua Padre Couto, esquina com Rua Dr. Cunha Ferreira.

Deliberação n. 1067 de 27 de julho de 1971.

A Câmara Municipal de Resende, Estado do Rio de Janeiro,

Resolve:

Art. 1o Fica a Prefeitura Municipal autorizada a adquirir do Banco do Brasil S/A, pelo preço de Cr$ - 130 000,00 (centro e trinta mil cruzeiros), o prédio sito na Rua Dr. Cunha Ferreira, n. 60, nesta cidade, com 3 (três) pavimentos, construído em terreno próprio, para instalação de órgãos administrativos da Municipalidade, sendo o 2o pavimento destinado à instalação da Câmara Municipal.

Art. 2o O pagamento do prédio a que se refere o artigo anterior será feito da seguinte forma:

Cr$ 30 000,00 – no ato da escritura
Cr$100 000,00 – em 16 (dezesseis) parcelas trimestrais, a partir do ato
da escritura, acrescidas dos juros de 12% ao ano e,
mais comissão de 1,5 % por trimestre.

Art. 3o – As despesas decorrentes da aquisição do art. 1o serão custeadas por conta da dotação 4.1.3.0 – Equipamentos e Instalações do Serviço de Viação e Obras Públicas e o restante será consignado nos orçamentos em dotações indispensáveis ao resgate da dívida resultante da presente deliberação, no Serviço de Fazenda – 4.3.1.2 – 01 – Amortização de Empréstimos internos.

Art. 4o – A presente deliberação entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

Gabinete do Presidente da Câmara Municipal de Resende, 21 de julho de 1971.

Antonio de Carvalho Faria
Presidente































Antônio de Paula Ramos – 1811-1889
Filho de Tomé Venâncio Ramos e Leonor de Souza Ramos, natural de Baependi – MG, veio para Resende aos treze anos, onde casou-se com Maria Escolástica de Paula Ramos.
Foi proprietário da Fazenda do Castelo e do Palacete Paula Ramos, no antigo Largo da Constituição – hoje Praça do Centenário, onde se realizavam requintadas festas, bailes e recepções a autoridades civis e eclesiásticas. Em 1868, hospedou a Princesa Izabel e o seu marido Conde D’Eu.
Formado em Direito, exerceu o seu ofício também em Areias, Estado de São Paulo, manteve em Resende durante anos uma das mais respeitadas bancas de advocacia. Entre outros cargos foi promotor em 1841, Provedor da Santa Casa de Misericórdia nos períodos 1837/38, 1886/89. Recebeu do Imperador D. Pedro em 1889, a Comenda Ordem da Rosa.
Líder político, vereador 1837/40 e 1853/56, presidente da Câmara em 1838, quando o então Curato de São José do Campo Belo foi elevado a categoria de Distrito com o nome de Campo Belo, depois Itatiaia, vindo a se emancipar tornando-se município em 1989.
Falecido em outubro de 1889, o corpo deste atuante homem público e fazendeiro foi sepultado no cemitério Senhor dos Passos.

“Nossos índios ameaçados...”

“Antonio José Teixeira Ferraz, curador dos Índios Puris, aldeiados em suas terras dadas pelo Coronel Joaquim Xavier Curado, 48 índios, 20 homens e 15 mulheres são bugres legítimos e outros são misturados e tem 75 filhos nascidos na aldeia.
O curador informa, ainda, “muitos brancos intrusos” estão tomando posse de terras da aldeia velha, e ameaçando os bugres, o que pode trazer desavenças e até morte. A aldeia tem uma légua e meia de testada, e todas as terras são boas, de cultura, dando bem milho, mandioca, cana e outras plantações”. - Informações fornecidas à Câmara Municipal em 1860.



















































Aracy Rego Jardim – 1907-1997
Natural de Niterói - RJ, Aracy Rego Jardim era filha de Cornélio Jardim e Maria Remilda Rego Jardim. Depois de se mudar para Resende e se destacar por suas atividades profissionais e sociais, foi agraciada com o título de Cidadã Resendense, através da resolução 816 de 27 de dezembro de 1966.
Além de professora e jornalista, proprietária e redatora do Jornal “O Municipal”, participou da diretoria da APMIR (Associação de Proteção à Maternidade e Infância de Resende).Membro do PSD, como vereadora, presidiu a Câmara em 1955 e 1956 tendo como vice presidente o vereador Manoel Teixeira Ramos. Foi a primeira e única mulher a presidir a Câmara Municipal de Resende até a publicação desta edição. A professora Aracy tornou-se Cidadã Resendense por resolução da Câmara Municipal em 1966.

“O Centenário da Dona Aracy”
Em 2007, transcorreu o centenário de nascimento da professora Aracy, e em homenagem póstuma, a Câmara Municipal e a Casa da Cultura Macedo Miranda prestaram-lhe cívica homenagem, na ocasião da cerimônia a professora Cida Paiva que trabalhou com D.Aracy teceu considerações a respeito do caráter e da competência da homenageada. seu nome foi escolhido para um conjunto de casas populares na região da Cidade da Alegria. Na ocasião foi afixada no rol de entrada da Câmara uma placa alusiva ao Centenário de Aracy.
A professora Cida Paiva faleceu no dia 5 de maio de 2008 e com a presença de parentes e muitos amigos seu corpo foi sepultado no cemitério Senhor dos Passos.





















































Badger Teixeira da Silveira 1916-1999
Natural de Bom Jesus de Itabapoana, filho de Boanerges Borges da Silveira e Maria do Carmo Teixeira da Silveira. Advogado, formado pela Faculdade de Direito de Niterói. Delegado de Policia. Vereador da Câmara Municipal de Resende. Resendense por adoção. Casou-se com a resendense Renée Braile Ferraiolo da Silveira, na capela de Nossa Senhora do Rosário e o celebrante do casamento foi Monsenhor José Sandrup. Badger era irmão do atuante político e expressiva liderança trabalhista Roberto Silveira, Governador Fluminense, morto em trágico acidente de helicóptero na cidade de Petrópolis em fevereiro de 1961.
O Dr. Badger foi eleito Governador do Estado em 1962, logo após a morte do irmão e cassado dois anos após (1964) pelo Golpe Militar.
Vereador em mandatos sucessivos de 1940 a 1954 foi presidente da Câmara em 1951, tendo como seu vice Reinaldo Maia Souto, nesse período nos festejos de aniversário da cidade, Resende recebeu com grande manifestação popular a visita do Presidente da República Getúlio Vargas e do Governador do Estado Almirante Hernani do Amaral Peixoto. Na ocasião a Câmara Municipal conferiu aos dois o titulo de Cidadão Resendense, no diploma do então presidente da República podia-se ler:


“Diploma de Cidadão Resendense”

Conferido ao Senhor Getúlio Dornelles Vargas. O Município de Resende, por seus Órgãos de Administração, o Poder Legislativo e o Poder Executivo, sob o consenso unânime dos membros que o compõem, houve por bem, conforme lei n. 189 de 20 de julho de 1951 e sancionada em 30 do referido mês, conferir ao Cidadão Getúlio Dornelles Vargas, natural de São Borja, Rio Grande do Sul, onde nasceu em 19 de abril de 1883, o título de “Cidadão Resendense Meriti Causa” – Resende 29 de Setembro de 1951 – Badger Teixeira da Silveira, Presidente da Câmara Municipal de Resende – João Maurício de Macedo Costa – Prefeito Municipal de Resende.


A CÂMARA MUNICIPAL DE RESENDE votou e eu, nos termos de artigo 102, parágrafo 3o, da Constituição Estadual, promulgue a seguinte Lei n. 166.

Art. 1o – Fica o Prefeito Municipal autorizado a adquirir da Imobiliária Sul Fluminense Ltda., pela importância de Cr$ 562. 476, 78 (quinhentos e sessenta e dois mil quatrocentos e setenta e seis cruzeiros e setenta e oito centavos) as redes d’água e esgotos, inclusive toda maquinaria existente realizadas nas “Vilas Moderna, Adelaide e Liberdade”.

Art. 2o – O pagamento será feito em 6 (seis) prestações anuais, no decorrer de cada exercício financeiro, devendo ser descontado, previamente, todo posto e toda taxa devida pela Imobiliária Sul Fluminense Ltda á Prefeitura, bem como os que forem de propriedade do Sr. Dr. Tácito Viana Rodrigues.
Art. 3o – A Imobiliária Sul Fluminense Ltda., entregará á Prefeitura todas as plantas, memoriais, em original, das obras realizadas, bem como certificado de propriedade de todos os motores, bombas e demais aparelhos existentes.
Art. 4o – Todas as despesas com a perícia, com as escrituras, á Imobiliária Sul Fluminense Ltda, ficará desobrigadas de prestar assistência aos supracitados serviços.
Art. 5o – A medida que os impostos e taxas que incidem ou venham incidir sobre imóveis de propriedade da Imobiliária Sul Fluminense Ltda e de leilões respectivos, evitando-se a cobrança de multa, fazendo-se o encontro das contas no fim do ano financeiro.
Art. 6o – Esta Lei entrará em vigor no dia 1o de Janeiro de 1952, revogadas as disposições em contrário.

Gabinete do Presidente da Câmara Municipal de Resende, 26 de Janeiro de 1952.

Badger Teixeira da Silveira
Presidente
















Bento de Azevedo Maia - Final do século 18 - 1859
Nascido na cidade do Porto, Portugal, prestativo, hábil e criativos entre outras idéias, propôs, fez o desenho e batalhou para a construção do prédio do Paço Municipal. Propôs ainda que se construí-se o cemitério público, proibindo os sepultamentos nas fazendas.
Juiz de Paz, ocupou outros cargos, proprietários da próspera Fazenda Bela Vista, em São Vicente Férrer – Fumaça, 7o Distrito de Resende. Casou-se com Antonia Soares Carneiro, o casal teve dezesseis filhos.
Eleito vereador em diferentes legislaturas presidiu a Câmara de 1824 a 1827/31.

“Reuniões da Câmara”

Na falta de espaço próprio, a Câmara funcionou nos seus primeiros anos de legislatura (1801 a 1834) Em diferentes locais, no Largo da Constituição, depois Praça do Centenário, numa pequena casa e dividia espaço com a primitiva cadeia pública.
De 1835 a 1847 passou a reunir ao meio dia, duas vezes por semana, no sobrado do fazendeiro Manoel Gonçalves Martins, na atual Praça Dr. Oliveira Botelho, onde hoje funciona um supermercado. Este primeiro sobrado construído na sede do município, foi também o primeiro de taipa que se construiu na vila, pois até então as casas eram de “pau-a-pique”.
Manoel Gonçalves era chamado “Manoel Carimbo” por ser analfabeto e usar um carimbo para por a sua assinatura. Pai de Maria Benedita, considerada a Rainha do Café na região, festeira promoveu naquele solar festas memoráveis.
























































Bento de Barros Lyra Sotto Maior – 1846-1911
Natural do Rio de Janeiro, onde estudou medicina até o terceiro ano. Filho de José de Barros Lyra Sotto Maior e Maria da Costa Salgado, fazendeiros na freguesia de Vargem Grande, aonde Bento veio morar e montou uma farmácia.
Pertencente do Partido Republicano de Resende, iniciou na carreira de vereador em 1890, na 1ª eleição da era republicana, realizada em dois turnos, votando-se em candidatos gerais e por distrito, para o período 1890 a 1894. Foi ainda vereador de 1901 a 1904, exercendo a presidência da Câmara de 1890/94 e posteriormente em 1903.
Ele foi eleito ainda para o mandato 1910 a 1912, mas morreu antes de completar o mandato.


“Eleições em dois turnos”

Reconstitucionalizado o país, após o advento da república, realiza-se a primeira eleição à Câmara de vereadores para a legislatura de 1892 a 1894 e então constituída por dois turnos; veradores gerais, votados em cada qual dos distritos.
Vereadores gerais – Flausino Corrêa, Manoel Alexandre Franklin, Dr. Alfredo Whately e Tenente-Coronel Manoel Teixeira (cidade).
Henrique Sivory – Campos Elíseos
Ambrósio J. Gonçalves - Porto Real
Capitão Severino Veloso da Cunha – Campo Belo
Antonio de Azevedo Carneiro Maia – Santana dos Tocos
Major Bento de Barros Sotto Mayor – Vargem Grande
Gabriel L. Teixeira de Siqueira – São Vicente Férrer (Fumaça)
Os eleitos foram empossados com grande festa, no dia 29 de julho de 1892.

“A Bandeira do Divino”

O Dr. Bento Lyra no século XIX patrocinou durante anos a tradicional Festa do Divino, cuja Bandeira da Vargem Grande, onde ele morava era a mais concorrida. Durante dias o grupo percorria as freguesias e fazendas, escoltada por um alferes e ruidosos tocadores de tambores, pandeiros e violas, cantarolando nas casas que recebiam a bandeira e alimentava o pessoal. Aliás era ponto de honra para os moradores receber a visita da bandeira e todos respeitosamente a beijavam e ofereciam prendas para os leilões no arraial. Ao rufar dos tambores, os foliões em coro cantavam:

“Dai esmolas ao Divino,
com prazer e alegria,
reparei que esta bandeira
é de vossa freguesia.

O Divino entra contente,
Nas casas mais pobrezinhas
Toda esmola ele recebe,
Frangos, perus e galinhas.

O Divino é muito rico
Tem brasões e tem riqueza
Mas quer fazer sua festa
Com esmolas da pobreza.

A festa realizada no fim do mês de agosto e início de setembro tinha um cunho religioso e despertava a atenção de todos os moradores. Além de Vargem Grande, a bandeira do Divino percorria e era também promovida em outros locais, tendo a Igreja do Rosário, como ponto de aglutinação.





















Comendador Bruno José dos Santos Nora – 1840-1901
Médico formado no Rio de Janeiro, morador de Vargem Grande, onde além de exercer a medicina, era líder político, comandante da Guarda Nacional em Resende e proprietário de farmácia, fazendeiro e deputado estadual. Bruno José dos Santos Nora foi também vereador e presidente da Câmara de 1895 a 1898.Foi agraciado pelo governo Português, com a comenda da ordem de Cristo.
O Dr. Bruno Nora faleceu no distrito de São Vicente Ferrer (Fumaça) em 15 de Maio de 1901 e foi sepultado em Vargem Grande, distrito onde nasceu.
Na gestão do Dr. Nora, à frente da Câmara Municipal, a antiga Freguesia dos Campos Elyseos (como era chamada) é elevada a categoria de Distrito, o 2o de Resende, por deliberação de março de 1891.
“Febre Amarela”

O presidente da Câmara Municipal, o médico Bruno Nora, em 1891 recebeu a seguinte denúncia:
- Entre as causas pela voz pública, atribuída ao surgimento da epidemia de febre amarela que assolou a cidade figurava o funcionamento de uma fábrica de sabão, situada à Rua da Misericórdia, esquina com Tymburibá e de propriedade do Sr. Manoel Soares de Oliveira.
A intendência fez a sua remoção para outro lugar, o Suruby, embora a comissão de médicos encarregada de se pronunciar à propósito, tivesse considerada improcedente a suspeita pública.

“Mesário Espancado...”

“Na vigência do Presidente Bruno Nora, ano de 1898, o jornalista Alfredo Sodré, narra: Acobertada pela polícia do Estado, malta de eleitores assaltam a mesa eleitoral da 1a Seção de Campo Belo, arrebatando a urna e espancando os mesários. O mesário Gomes de Almeida é gravemente ferido.”




















































Eduardo Augusto Torres Cotrim – 1857-1919
Filho de José Custódio Cotrim e Joaquina Carolina Azevedo. Engenheiro civil e bacharel em Ciências Físicas e Matemáticas, formado no Rio de Janeiro, sua cidade natal. Colega de turma do coronel José Mendes Bernardes, foi incentivado por este a morar em Resende, radicando-se em Itatiaia e casando-se com Rosa Emília Bernardes.
Pioneiro da indústria de laticínios da região e proprietário da fazenda Campo Belo, ele se destacou também como pesquisador e autor de artigos sobre agropecuária e pesca publicado em jornais e revistas nacionais e estrangeiras. Paralelamente, escreveu livros como “A Fazenda Moderna” fonte de consultas em universidades e escolas técnicas contemporâneas. Dirigiu, durante anos, a Sociedade Nacional de Agricultura.
Na esfera pública, foi vereador, presidente da Câmara de 1901 a 1904, seus vices foram José Ribeiro Santos e o Cel. Antonio Jacintho Pereira Souto. Cotrim foi também deputado estadual.

“Centenário de Resende”

Na sessão solene da Câmara Municipal de 29 de Setembro de 1901, foi festivamente comemorado o 1o Centenário de Resende. O presidente da casa, Dr. Eduardo Cotrim saudou as autoridades e o grande público presente, convidando para compor a mesa o ilustre resendense Dr. João de Azevedo Carneiro Maia.
Durante os festejos que se estenderam por uma semana, as seis bandas de música convidadas executaram pela 1a vez o Hino a Resende, letra do Poeta Luis Pistarini, música do Maestro Lucaz Ferraz. Participaram do ato, na Praça do Centenário, também alunos e professores do município.
Por ocasião do Centenário a Câmara Municipal era composta dos vereadores:
Dr. Eduardo Augusto Torres Cotrim – Presidente
Antonio Jacinto Pereira Souto
Antonio Barbosa de Almeida
Antonio Belarmino de Camargo
João Ourique Ferreira Aguiar
José Ribeiro dos Santos Alves
Severino Veloso de Carvalho
Major Bento de Barros Lyra Sotto Maior
José Lourenço de Sampaio
Francisco Lopes de Faria
Serafim José Gonçalves Bastos
Leopoldo Teixeira de Siqueira

“A Guerra”

Em 1917 o Brasil declarou guerra a Alemanha, e o Tiro de Guerra Brasileiro de Resende, solidarizou-se de imediato como Governo Federal e 130 homens apresentaram-se incontinente para a aprendizagem militar. Chamado pelo Governo Federal, o Dr. Eduardo Cotrim conceituado político e industrial – Capital Federal, para participar do Comitê de Defesa Nacional, onde teve destacada atuação.

Após a sua morte seus amigos mandaram esculpir um busto com a face deste notável homem público. Afixado num pedestal de granito o busto esta localizado na Praça da Bandeira, Campos Elíseos com a seguinte inscrição:
A
Eduardo Torres Cotrim
Pioneiro da Pecuária Nacional
Os
Criadores de Resende






















Eduardo Meohas – 1955
Natural do Rio de Janeiro, filho de Moisés Meohas e Déa Meohas.
Na sua gestão, foi criado o Prêmio Engenheiro Eitel César Fernandes, objetivado no seu concedido somente ao artista resendense, nascido ou radicado, cujo trabalho receba a melhor classificação no Salão da Primavera, criado pelo Museu de Arte Moderna.
Além de médico, filiou-se ao partido político PSD, foi eleito Deputado Estadual (95/96), quando renunciou para se candidatar a Prefeitura de Resende foi eleito prefeito de Resende por dois mandatos (1997-2000 e 2001-2004), vereador e presidente da Casa de Ruy Barbosa (1989 –1991).

“Instalação da Guarda Mirim”

Lei n. 2269 de 10 de Agosto de 1989.
A Câmara Municipal de Resende, Estado do Rio de Janeiro,
Resolve:
Art 1o – Fica o Prefeito Municipal autorizado a ceder, sob forma de utilização gratuita à Guarda Mirim, o Praça do Centenário n. 37, Centro – 1o Distrito onde funcionava o Conservatório de Música, referencia cadastral 24-5-11-03-07-000, área edificada total de 180, 00 m2, confrontando pela frente com a citada Praça, lado direito com o prédio n. 29 de propriedade da PMR, lado esquerdo com o prédio n. 43 destinado à Casa Paroquial, fundos com terreno do prédio n. 50 da Rua XV de Novembro.
Art 2o – O imóvel a que se refere o artigo anterior se destina a instalação da sede da Guarda Mirim, por prazo de 10 (dez) anos a contar da data de assinatura do contrato de cessão, que será lavrado em livro próprio do patrimônio municipal.
Art 3o – O cessionário assumirá os encargos decorrentes da utilização do imóvel, responsabilizando-se por quaisquer danos, benfeitorias ou construções porventura existentes.
Art 4o – A cessão tornar-se-á nula, sem qualquer direito a indenização, inclusive por benfeitorias realizadas, se ao imóvel vier a ser dada destinação diversa da prevista no artigo 2o desta lei, ou ainda, se ocorrer inadimplemento de cláusula contratual.
Art 5o – Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
Gabinete do Presidente da Câmara Municipal de Resende, em 10 de agosto de 1989.

Dr. Eduardo Meohas
Presidente










































Eitel César Fernandes – 1916-1989
Filho de Saint Clair César Fernandes e Maria Augusta Sampaio Fernandes, nasceu em Resende, no bairro Lavapés. Engenheiro, formado pela Universidade Federal de Minas Gerais e provedor da Santa Casa de Misericórdia, dirigiu a construção da Usina Hidrelétrica do Funil.
Foi também um incentivador dos movimentos desportivos e culturais da cidade, tanto que, em sua homenagem, a Câmara criou o Prêmio Engenheiro Eitel César Fernandes, entregue aos artistas plásticos da cidade. Em sua carreira política era membro do partido político UDN e foi presidente da Câmara em1957, é patrono da Cadeira Dezoito da Academia Resendense de História.

“Asilo Nicolino Gulhot”

Resolução n. 396 de 6 de dezembro de 1957.

A Câmara municipal, Estado do Rio de Janeiro,

Resolve:

Art. 1o – Fica considerado de utilidade pública o Asilo Nicolino Gulhot (para velhice desamparada), com sede á rua Simão da Cunha, nesta cidade.

Art. 2o – A presente Resolução entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

Gabinete do Presidente da Câmara Municipal, em 11 de dezembro de 1957.

Eitel César Fernandes
Presidente

O Asilo Nicolino Gulhot, inaugurado em 15 de fevereiro de 1941, foi instalado graças aos bens deixados a instituição, por Maria Romana Gulhot em seu testamento. Viúva e sem herdeiros, antes de falecer deixou a sua disposição de doar, lavrada por escritura pública, no cartório do primeiro oficio – Tabelião Armando Monteiro, em 1939, com a seguinte claúsula:

“Deixo os Bens imóveis que possuo à Rua Simão da Cunha,
nesta cidade, móveis, roupas, louças e utensílios existentes na dita
casa. Doação a ser usada para se fundar o Asilo Nicolino Gulhot, cuja
memória desejo perpetuar, com este ato de caridade.
Ainda por disposição testamentária; Maria Romano escolheu
Os primeiros administradores do asilo: José Gulhot, João Soares da
Rocha, José Ferraiolo, Nilo Gomes Jardim, Otavio de Oliveira Botelho,
Tácito Vianna Rodrigues, Sebastião José Rodrigues, Felipe Ferraiolo
E Antonio Batista Lopes Chaves”. O primeiro presidente do asilo
Foi Antonio Batista Lopes Chaves”.

“Centenário do Resende Futebol Clube”
“Em janeiro de 1909, um grupo de rapazes entusiastas do jogo Bretão, funda no município localizado na cidade, o primeiro clube de futebol “Resende F. C.” , cuja improvisada cancha, situa-se no campo do Manejo. Um dos mais ardorosos adeptos era João Teixeira de Carvalho aclamado capitão da equipe. A diretoria ficou assim constituída:Armando Monteiro, Alfredo Veloso e Francisco C. Soares, respectivamente secretário e tesoureiro”. O Dr. Eitel César Fernandes, além de esportista, grande incentivador foi membro da diretoria do Resende Futebol Clube em diferentes mandatos.























Fabiano Pereira Barreto – 1801-1877
Importante personagem da nossa história nasceu junto com este município. Filho de Miguel Pedroso Barreto e Francisca Pereira da Conceição Barreto, casado com Francisca Barreto, era proprietário da Fazenda Monte Alegre, em Vargem Grande, 6º Distrito de Resende, pioneiro no ensino, criou em sua fazenda uma escola de primeiras letras, foi o primeiro que importou no município bovinos e eqüinos de raça, para o aperfeiçoamento de seus rebanhos. Comendador e coronel comandante da guarda nacional em Resende. Próspero produtor de café, Promotor Público, Deputado provincial em cinco legislaturas, vereador e presidente da Câmara seguidas vezes (por 16 anos), sendo seu último mandato de 1861 a 1864. Coube-lhe a elaboração do 1o Código de Postura do Município de Resende.
Em sua gestão de presidente da Câmara no ano de 1832 foi aberto o Cemitério Municipal Senhor dos Passos no bairro Alto dos Passos também chamado “Campo Santo”. Até aquela data os sepultamentos eram feitos no interior e arredores da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição no centro da cidade. Os de posses “ricos” no interior da Igreja os pobres fora, reservava-se determinado canto para os sepultamentos dos escravos e suicidas e ateus.
Sepultou-se também por determinado período em catacumbas anexas a Igreja do Senhor dos Passos.
Presidente ainda em 1833 comandou o festivo ato da inauguração da segunda ponte de madeira, sobre o Rio Paraíba do Sul ligando o centro da vila a Campos Elíseos. Aliás, obra que exemplo de tantas outras recebeu o apoio do Comendador Fabiano, em dinheiro, material e mão de obra, emprestando escravos seus. É patrono da Cadeira Dezessete da Academia Resendense de História e nome de rua no populoso bairro do Manejo.

“O Paço Municipal”

Construído entre 1834 e 1856, o prédio do paço municipal, onde hoje funciona a Casa da Cultura, foi a terceira “sede” da Câmara Municipal, a cadeia e o tribunal do júri. “Prédio de taipa”, construído com mão de obra de escravos.
A exemplo de outras obras públicas da época o paço recebeu fundamental apoio através de subscrição popular em dinheiro e material, mas houve o empenho dos vereadores: Bento de Azevedo Maia, Domingos Gomes Jardim, Padre Motta, Fabiano Pereira Barreto e Joaquim Gomes Jardim. Após a sua inauguração, o casarão do paço municipal foi palco de memoráveis acontecimentos da história da cidade como solenidades cívicas, festivas, culturais, religiosas, políticas, exposições que marcaram época.
Na segunda metade do século passado, a partir de 1970, o fórum municipal e a cadeia pública foram transferidas para prédios próprios. O gabinete do prefeito e alguns setores da administração municipal que ocuparam as instalações por vários anos também se mudaram. Conseqüentemente o local foi transformado para atender exclusivamente a cultura, arquivo histórico, escola de música, museu da imagem e do som e a administração da casa da cultura Macedo Miranda.

“Caravana Pereira Barreto...”

Por conta de 1876, a lavoura de café em Resende, já se encontrava em declínio. José Pereira Barreto, um dos filhos do Comendador Fabiano Pereira Barreto, proprietário da Fazenda Monte Alegre, da Vargem Grande, visitou a região do nordeste paulista. Ficou impressionado com a riqueza do solo e de regresso a Resende, organizou com seus irmãos uma caravana e levando também seus escravos e cargueiros foram para a região de Ribeirão Preto e localidades vizinhas. Anos após, outros fazendeiros de Resende se mudaram e fizeram a mesma rota de Pereira Barreto
Esses desbravadores fizeram fortuna e ajudaram a fundar e a se desenvolver vários municípios paulistas. Tanto assim que em reconhecimento são nomes de cidades e centenas de logradouros públicos.





















Francisco Chaves de Oliveira Botelho – 1868-1943
Nome da praça central da cidade, filho de Joaquim Antônio de Oliveira Botelho e Brasília Augusta Chaves de Oliveira Botelho. Nasceu no Uruguai, onde o pai, militar, servia. Foi registrado em Salvador, na Bahia, onde se formou em medicina. Casado com Julieta de Souza Ramos, teve 13 filhos. Viúvo casou-se em 1926 com Dejanira Marques de Souza.
Expressiva liderança política do Partido Republicano Conservador de Resende. Ministro e Governador do Estado do Rio de Janeiro. É considerado o “Remodelador da cidade de Resende”. Vereador em diferentes mandatos, presidente da Câmara Municipal no quadriênio 1910 a 1914, tendo como vice o vereador Cel. Antonio Jacinto Pereira Souto.Foi Vereador em 1898 a 1900; de 1901 a 1904. A colônia japonesa cujo centenário da imigração é comemorado neste ano de 2008, é grata ao deputado Oliveira Botelho pelo empenho que dedicou na Câmara Federal, em prol do assentamento dos japoneses no Brasil.
Inauguração da Herma
Sete de novembro de 1926

O local da Herma, praça Dr. Oliveira Botelho, era artisticamente ornado para aguardar a inauguração, obedecendo a seguinte programação:
As doze horas, pelo rápido do Rio de Janeiro, em carro reservado, chegará a esta cidade o excelentíssimo Senhor Presidente do Estado Dr. Feliciano Pires de Abreu Sodré, trazendo em sua comitiva o cônsul do Japão, deputados, secretários do governo e membros da imprensa. À comitiva e autoridades locais será oferecido um banquete no Cinema Central.
16 horas, inauguração dos melhoramentos da Praça Dr. Oliveira Botelho e da herma (busto) do patriarca de Resende, com a presença de autoridades, professores, alunos e público, sobre os acordes de duas bandas de música e foguetes.
19 horas, o presidente do legislativo vereador Joaquim Thomas de Aquino e outras autoridades, irão em comitiva a residência do Dr. Botelho para lhe entregar o título de Cidadão Honorário de Resende, honraria concedida pela primeira vez nesse município.
22 horas, baile a rigor nos salões do Resende Futebol Clube, com orquestra do Rio de Janeiro e banquete servido pela confeitaria local, “A Brasileira”. O baile irá até as 2 horas da madrugada, quando os visitantes regressaram de trem para o Rio de Janeiro.
A herma será assente sobre uma coluna de granito, medindo dois metros de altura, erigida no centro da praça Dr. Oliveira Botelho – antigo Largo da Matriz – tendo uma placa com essa escrição:


Ao Dr. Oliveira Botelho
O
Município de Rezende
Seus amigos
E admiradores

MCMXXVI

Durante os festejos uma das bandas de música executará pela primeira vez o hino a Oliveira Botelho, letra de Ramos Nogueira, musicado pela maestrina resendense Guanabara Fernandes, tendo entre outras, estas estrofes:

Salve, salve Oliveira Botelho,
De Rezende imortal benfeitor
Do progresso reflete o esplendor!

Neste bronze Resende vos sagra
Com carinho, com fé, com fervor,
Demonstrando o amor que consagra
Ao seu grande e imortal benfeitor.




















Franco Faggian – 1952-2007
Nasceu na cidade italiana de Padova, filho de Fillipo Faggian e Clara Zuin. Atuou como padre na cidade até a década de 90, quando se desligou do Ministério Sacerdotal. Além de professor, foi Secretário Municipal de Promoção Social, tendo recebido o título de Cidadão Resendense em 1991. Foi também vereador e o primeiro presidente da Câmara Municipal de Resende no século XXI, tendo como vice – José Maurício Shinneider.
Franco Faggian recebeu o título de cidadão resendense, por indicação do vereador Eduardo Meohas, sob a resolução de n° 2446, de 22 de agosto de 1991. Partidos Políticos PSB/PT.

Lei n. 3813 de 22 de maio de 2001

Ementa: Institui o Programa de Garantia de
Renda Mínima Associação a Ações
Sócio-Educativas, e determina
outras providências.

A Câmara Municipal de Resende, Estado do Rio de Janeiro, no uso de suas atribuições legais e constitucionais,

Decreta:

Art. 1o. Fica instituído, no âmbito deste município, o Programa de Renda Mínima associado a ações sócio-educativas.
Parágrafo 1o – São beneficiárias do programa instituído por esta Lei, as famílias com renda familiar per capita até noventa reais mensais, que possam sob sua responsabilidade crianças com idade entre seis e quinze anos matriculadas em estabelecimento de ensino fundamental regular, com freqüência escolar igual ou superior a oitenta e cinco por cento.

Parágrafo 2o – Para os fins do parágrafo anterior considera-se:

I – família, a unidade nuclear, eventualmente ampliada por outros indivíduos que com ela possuam laços de parentesco, que forme um grupo doméstico, vivendo sob o mesmo teto e mantendo sua economia pela contribuição de seus membros;

II – para enquadramento na faixa etária, a idade da criança, em números de anos completados até o primeiro dia do ano no qual se dará a participação financeira da União; e
III – para determinação da renda familiar per capita, a soma dos rendimentos brutos auferidos pela totalidade dos membros da família dividida pelo número de seus membros.

Parágrafo Terceiro – O Poder Executivo poderá reajustar o limite de renda familiar per capita, fixado no parágrafo 1o, desde que atendidas todas as famílias compreendidas na faixa original.

Art. 2o – O Programa instituído por esta Lei, tem como objetivo incentivar e viabilizar a permanência das crianças beneficiarias nar ede escolar de ensino fundamental, por meio de ações sócio-educativas de apoio aos trabalhos escolares, de alimentação e de práticas desportivas e culturais em horário complementar ao das aulas.

Parágrafo 1o – O Poder Executivo definirá as ações especificas a serem desenvolvidas ou patrocinadas pela municipalidade para o atingimento dos objetivos do programa.

Parágrafo 2o – As despesas decorrentes do disposto no parágrafo anterior correrão à conta dos orçamentos dos órgãos encarregados de sua implementação.

Art. 3o – Fica o Poder Executivo Municipal autorizado a formalizar a adesão ao Programa Nacional de Renda Mínima, vinculada à educação – “Bolsa Família”, instituído pelo Governo Federal.


Franco Faggian
-Presidente-

Esta lei tem ainda outros dois artigos e vários parágrafos. Foi publicada no Boletim Oficial n. 16 de 08. 06. 2001.









Gil Bernardes –1884-1977
Filho de José Mendes Bernardes e Maria Carolina Mendes Bernardes, este resendense se destacou como fazendeiro e Juiz de Paz. Foi vereador no período legislativo de 1936 a 1939, ocupando a posição de presidente da Câmara em 1937. No mesmo pleito, elegeu-se prefeito José Ferraiolo, com 1.621 votos.
Em junho de 1937, foi inaugurado o Parque Nacional de Itatiaia – o primeiro do Brasil, entre outras autoridades o ato contou com a presença do Presidente da República Dr. Getúlio Vargas e do seu ajudante de ordens o poeta Olegário Mariano. A representação oficial da Câmara de Resende ficou a cargo do seu presidente o vereador Gil Bernardes.
Integralistas
“Em 1937; as instalações da Câmara, os integralistas, iniciaram na cidade, a chamada “Campanha do ouro”, Jorge Bocanera, Governador Municipal, pela imprensa, anuncia que o valor econômico da arrecadação, desaparece em face do aspecto sentimental.
Uma “camisa verde”, Elvira da Silva, contando 80 anos de idade, desfaz-se da “aliança”, o anel simbólico do seu casamento de 60 anos e guardado como relíquia. Outra senhora entrega 22 gramas de ouro em pó, único bem que possuía, canetas, brincos, lapiseiras, medalhas, anéis, berloques, placas e outros objetos de ouro, avolumam a campanha. Denotar é vultuosa a contribuição feminil. Parece há um sopro de quasi fanatismo”.
Alfredo Sodré

“1937– O meio ambiente ameaçado...”

Durante o seu mandato de vereador e presidindo a Casa de Rui Barbosa, Gil Bernardes, junto com o edil Pedro Braile Neto e outros, foram por diversas vezes discutidas ações voltadas a proteção florestal. Em junho de 1937 chegaram a propor o intercâmbio com outras câmaras e prefeituras na tentativa não só de preservar, mas também proibir o desmatamento desenfreado e sem fiscalização dos poderes públicos.



















































Gustavo Gomes Jardim – 1824-1917
Filho do Major Davi Gomes Jardim e Francisca Rosa Jardim, casado em primeiras núpcias com Maria Leopoldina em segunda núpcias desposou Francisca Whately Jardim.
Foi o primeiro resendense a se formar médico (1849) aos 22 anos, fazendeiro de café, historiador, autor de vários projetos para obras públicas, entre o do cemitério municipal.
Nas campanhas da abolição e da república, empenhou-se com tanto entusiasmo e exaltação que não foram poucos os incidentes em que tomou parte, expondo-se a perigos, até mesmo lutas corporais.
Após o advento da república – 1889, as Câmaras Municipais foram dissolvidas e cassados os direitos políticos dos vereadores, criando-se em substituição os conselhos de intendência. O Dr. Gustavo Jardim foi eleito Presidente do primeiro conselho, a 09. 01. 1890, portanto o 1o Intendente do executivo de Resende.
Vereador; 1857/60, 1865/68 e 1883/86 – Presidente da Câmara.

Teatro Santa Rita

O Comendador Gustavo Jardim fez parte do seleto grupo da elite local, escolhido em 1884 para assistir a inauguração festiva do Teatro Santa Rita, no Largo da Matriz, atual Praça Dr. Oliveira Botelho.
Cabe lembrar que no início do funcionamento, a casa não dispunha de cadeira, e cada qual dos freqüentadores levava a de casa e ao final do espetáculo reconduziam-nas de volta. Caso contrário assistiam os espetáculos de pé.
Posteriormente o singelo prédio do Teatro Santa Rita foi adaptado e transformado no Cinema Central, funcionou até a década de 1960, quando (infelizmente) foi demolido. Igual destino de destruição teve o prédio do Hotel Central, vizinho do cinema. A ausência de ambos no cenário da praça, desfalcaram sobremaneira o cartão postal do centro da cidade, que aqueles prédios juntos representavam desde o século XIX.

“Movimento da Ponte...”

Presidindo a Câmara Municipal em 1868, o Comendador Gustavo Jardim mandou “medir o movimento” da ponte, cogitando-se a cobrança de pedágio, o que aliás não se concretizou. Contagem semestral: das 6 ás 18h. 3. 483 pedestres, 465 cavaleiros, 192 muares transportando cargas para o comércio local, 85 carros de boi, 12 tropas do interior, 96 suínos, 623 bovinos, procedentes do Sul de Minas Gerais e destinados ao matadouro de Santa Cruz, no Rio de Janeiro. Houve dias em que de igual procedência e com o mesmo destino passaram pela ponte, aproximadamente 2 mil bovinos.







































Heitor de Oliveira Ramos – 1904-1991
Nasceu em Barra Mansa – Estado do Rio de Janeiro, filho de Gustavo de Oliveira Ramos e Josefina de Moraes Ramos. Recebeu da Câmara o Título de Professor Emérito, em 1996 – Estado do Rio de Janeiro.
Foi professor universitário, meteorologista, vereador filiado ao PSD/PSP e em 1961 foi presidente da Câmara.
O professor Heitor Ramos foi agraciado em 27de setembro de 1966 com o título de professor emérito, e com o de cidadão resendense em 10 de setembro de 1988.
Durante todo o seu mandato de vereador, e principalmente quando presidiu a câmara, o professor Heitor de Oliveira Ramos se empenhou na busca de solução para um dos sérios entraves da época: A falta de energia elétrica, a qual não era capaz de alimentar o necessário crescimento do município.
Aliado ao prefeito Augusto de Carvalho, Chico Fortes e outros batalhadores na resolução da energia elétrica então deficiente na região, conseguiram que “CHEVAP”, empresa responsável pela produção de energia elétrica, se instalasse em Resende. Foi um passo muito importante e que trouxe fundamental apoio ao crescimento dessa terra.

Vigília Cívica
Na sessão especial da Câmara de 27 de agosto de 1961, sob a presidência do vereador Heitor de Paula Ramos, gerou-se muita discussão e polemica, tendo por foco a renúncia do presidente Jânio da Silva Quadros.
Depois de várias sugestões e ponderações, chegou-se ao texto final da mensagem a ser enviada ao deputado Ranieri Mazzilli, que na qualidade de presidente da Câmara Federal, assumiu interinamente a presidência da república do Brasil.

“A Câmara Municipal de Resende, em reunião extraordinária, aprovou voto de solidariedade de Vossa Excelência, seguindo o preceito constitucional, e demonstra a certeza do povo de Resende em cumprimento integral da constituição”.
















































Heitor Pimenta de Moura – 1934
Nasceu no município de São Sebastião do Paraíso, estado de Minas Gerais, filho de Heitor Rodrigues Pimenta e Antonia Pimenta de Moura.
Dentista, radicado em Ribeirão Preto-SP, oficial do exército brasileiro, serviu na Academia Militar das Agulhas Negras – AMAN. Filiado ao Partido Político ARENA, O Dr. Moura, na eleição para vereador, realizada em 1976, foi o candidato mais votado, obtendo 1155 votos. Vereador, presidente da Câmara Municipal de Resende de 1977 a 1978 – Vice vereador Walter Zikan – radicado em Itatiaia.
Em maio de 1981, o vereador Dr. Moura, licenciou-se do mandato, sendo substituído por seu suplente Onyr Isoldi, antigo técnico administrativo do Laboratório Lederele, Onyr faleceu em janeiro de 1985.

“Corpo de Bombeiros em Resende”

Lei n. 1356 de 04 de agosto de 1977.
A Câmara Municipal de Resende, Estado do Rio de Janeiro.

Resolve:

Art. 1o – Fica o Prefeito Municipal autorizado a fazer cessão de uso, em favor do Corpo de Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro, de um terreno, situado na zona urbana do 1o distrito, na confluência da Avenida Marcílio Dias com rua projetada, com a forma retangular e a área de 3. 305,75 m2, medindo: de frente para a Avenida Marcílio Dias 71, 50 metros; na curvatura com a rua projetada 9, 42 metros; de frente para a rua projetada 39,00 metros; na confrontação com terrenos remanescentes da Prefeitura Municipal 77, 50 metros e na confrontação com propriedade do SENAI 45, 00 metros, tudo conforme planta levantada pelo órgão competente municipal, devidamente autenticada e que fica fazendo parte integrante desta lei.

Art. 2o – A cessão de uso prevista no artigo anterior, objetiva a construção do quartel daquela corporação nesta cidade, e vigorará enquanto for dado ao imóvel aquela destinação, revertendo em caso contrário ao patrimônio municipal com todas as benfeitorias.

Art. 3o – Revogam-se as disposições em contrário.

Gabinete do Presidente da Câmara Municipal de Resende, em 04 de agosto de 1977.
Dr. Heitor Pimenta de Moura
Presidente









































Henrique Baptista Sivory – 1856-1919
O dia 10 de maio de 1913 foi histórico e festivo. Presidindo a Câmara, o vereador Sivory fez as honras da Casa, dando posse ao primeiro prefeito de Resende, o engenheiro Antônio de Souza Pereira Botafogo, nomeado por ato do governador (na época se chamava presidente) do Estado do Rio de Janeiro, Francisco Chaves de Oliveira Botelho. Calorosamente aplaudido no final do discurso, Sivory passou a palavra ao prefeito. Terminada a sessão, como era de costume, foi servido um lauto banquete.
Henrique Baptista Sivory, nasceu em Piraí-RJ, filho de João Baptista Sivory e Ana Silvério Sivory. Coronel da Guarda Nacional, comerciante, membro do Partido Republicano Conservador de Resende, vereador de 1910 a 1912, 1913 a 1916, e presidente da Câmara de 1913 a 1914. Em homenagem a Henrique Baptista Sivory, a antiga Travessa da Estação, em Campos Elíseos, passou a ter o seu nome, aliás rua onde morou e teve estabelecimento comercial.
A rua foi calçada de paralelepípedos pela Prefeitura Municipal no ano de 1939.
Foi Henrique Sivory que, em 1913 trouxe o primeiro automóvel de passeio a Resende, cujo passeio despertada enorme curiosidade da população, principalmente quando fazia a travessia do Centro a Campos Elíseos pela Ponte Velha.


“Ruy Barbosa em Resende”

“Em carro ligado ao rápido paulista da Estrada de Ferro Central do Brasil, passou e se deteve por instantes, ante-hontem, nesta cidade o eminente e preclaro senador Ruy Barbosa. Benemérito Brasileiro cujo nome consagrado, pelo povo equivale a uma epopéia de patriotismo...”
Muitos vivas foram erguidos ao grande patriota partindo o comboio sob enthusiastica aclamação.
A recepção de Ruy Barbosa pelo povo foi mais uma apotheose ao vencedor de Haya, a maior glória do Brasil.”
Jornal A Lyra – 13.07.1912
Por coincidência 13 de julho e a data em que se comemora a elevação de Resende a categoria de cidade, fato histórico de 1848. Na recepção ao Dr. Ruy Barbosa a Câmara Municipal foi representada por seu presidente Henrique Sivory, outros vereadores e autoridades.”

Iluminação insuficiente...
Em uma das últimas noites o vereador Syvori e outros moradores, assistiram a experiência da iluminação elétrica de Campos Elíseos ao alto da Rua XV de Novembro. No longo do percurso foram instaladas 37 lâmpadas de 25 velas cada uma; sendo 6 na ponte, 3 na rua Maurity (Luiz Barreto), 8 na Rua XV de novembro e as demais, na rua Albino de Almeida a experiência não satisfazer por completo. Os moradores principalmente os comerciantes capitaneados pelo vereador Sivory, cogitam adquirir um motor para melhorar a iluminação pública. Até porque em breve se instalará em Campos Elíseos o Cinema Variedades, propriedade do industrial Pedro Braile.

Jornal “Tymburibá” – 1914.
































Humberto Marassi – 1937
Resendense, filho de Paschoino Marassi e Júlia Graciane Marassi, radicado no distrito de Porto Real, estudou na Escola particular da Prof. Júlia Marassi – Porto Real; Colégio Verbo Divino – Barra Mansa; Colégio Dom Bosco – Resende, Escola Preparatória de Cadetes – Campinas – AMAN e Faculdade de Direito – Pouso Alegre, Estado de Minas Gerais. Capitão do Exército Brasileiro, advogado da Companhia de Eletricidade do Rio de Janeiro (CERJ) e professor. Membro do Partido ARENA elegeu-se vereador para o período legislativo de 1973 a 1976, com a renúncia do titular vereador Bernardino Alberto Pianta Tavares, Marassi presidiu a câmara nos anos 1975/76.

“SESI/SENAI”
Em 18 de março de 1975 a Câmara Municipal de Resende,na Presidência de Humberto Marassi, assina documento em que autoriza doação de terreno para as futuras intalações do SESI e SENAI, onde até hoje se formam para o mercado de trabalho os resendenses.

Deliberação n. 1225 de 18 de março de 1975.
A CÂMARA MUNICIPAL DE RESENDE, ESTADO DO RIO DE JANEIRO,
Resolve:
Art. 1o – Fica o Prefeito Municipal autorizado a doar ao Serviço Social da Indústria, uma área de terra medindo 11.875,00 m2, situada na Av. Marcílio Dias, para construção de um Centro integrado SESI/SENAI, medindo 95,00m de frente e fundos por 125,00m de ambos os lados; limitando-se pela frente com a Av. Marcílio Dias, pelo lado esquerdo com terrenos da Secretaria de Educação e Cultura, pelo lado direito e fundos com a doadora.
Art. 2o – A área doada reverterá ao Patrimônio Municipal, caso a donatária desvirtue a sua finalidade o deixe de iniciar as obras no prazo de um (1) ano.
Art. 3o – Esta Deliberação entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
Gabinete do Presidente da Câmara Municipal de Resende, em 18 de março de 1975.
Dr. Humberto Marassi
Presidente.









































Iskandar Hanna Arbache – 1939
Filho de Hanna Iskandar Arbache e Ijutilh Arbache é natural de Yabroud, na Síria. Em 1979, recebeu da Câmara Municipal o título de Cidadão Resendense. Comerciante e vereador, ocupando a presidência da Câmara, de março de 1987 a dezembro de 1988 – vice Juracy Aguiar Cunha. Em sua gestão, foi instituído o título de Profissional Emérito, conferido a pessoas que tenham a partir de 30 anos de profissão e que tenham prestado serviços relevantes à comunidade. Não obstante, para receber esse título é necessária a indicação por um terço dos vereadores.

“Ampliação da Santa Casa”

Lei de 20 de Setembro de 1988
Autorizando cessão de uso de imóvel
À Santa Casa de Misericórdia de Resende.
A Câmara Municipal de Resende, Estado do Rio de Janeiro.
Resolve:
Art 1o – Fica o Poder Executivo Municipal autorizado a fazer cessão de uso à Santa Casa de Misericórdia de Resende, pelo prazo de 10 (dez) ano, de uma área de terra de propriedade do Município com 1. 369,11 m2 (hum mil trezentos e sessenta e nove vírgula onze metros quadrados), abrangendo o denominado Parque Libório Gomes Jardim, situada entre as ruas Eduardo Cotrim e Prefeito Clodomiro Maia, no 1o distrito deste Município, conforme planta e memorial descritivo que fazem parte integrante desta lei.

Art. 2o – O imóvel previsto no artigo anterior destinar-se-á à ampliação do Pronto Socorro da Santa Casa, cuja instituição terá como encargo a efetivação de maior atendimento às pessoas carentes.

Art. 3o – Caso a cessionária não inicie as atividades a que se propõe dentro de 1 (um) ano, a contar da data da cessão, ou se for dada ao imóvel outra destinação ficará sem efeito a cessão de uso, retornando o imóvel à propriedade plena da Prefeitura Municipal de Resende, com todas as benfeitorias, sem qualquer indenização ou direito de retenção.

Art. 4o – Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
Gabinete do Presidente da Câmara Municipal de Resende, em 20 de setembro de 1988.
Iskandar Hanna Arbache
Presidente










































Ivan Mello Cavalcanti – 1929-2001
Nasceu em Pentecostes, no estado do Ceará, filho de Heitor Cavalcanti de Araújo e Luísa Melo Cavalcanti. Professor da Academia Militar das Agulhas Negras e recebeu da Câmara Municipal os títulos de Cidadão Resendense, em 1978, e de Professor Emérito, em 1985. Foi também um grande incentivador dos movimentos culturais no município, ocupando a presidência da Casa de Ruy Barbosa de março de 1985 a março de 1987. Era filiado ao Partido Político ARENA.
O Coronel Ivan Mello Cavalcanti recebeu o título de cidadão resendense em 14 de setembro de 1978, e o de professor emérito em 13 de agosto de 1985 e desde 2002 é nome de uma das ruas do Parque Ipiranga, 4° distrito.

LEI N. 1912 de 20 de junho de 1985.

A Câmara Municipal de Resende, Estado do Rio de Janeiro,
Resolve:

Art. 1o – Fica o Prefeito Municipal a firmar Contrato de Comodato, pelo prazo de 5(cinco) anos, com a Loja Maçônica Lealdade e Brio, sita à Rua Dr. João Maia, n. 55, nesta cidade, para utilização pela Municipalidade de um salão, duas dependências sanitárias e uma copa, com área total de 101, 72 m2 com destinação prevista para a cultura, educação e o ensino.

Art. 2o – A título de reciprocidade, a Prefeitura Municipal transferirá recursos financeiros para a reforma do prédio, de acordo com o cronograma físico-financeiro, em anexo.

Art. 3o – Para atender a despesa constante no artigo anterior fica aberto o crédito especial no valor de Cr$-62.661.874 (sessenta e dois milhões, seiscentos e sessenta e um mil e oitocentos e quatro cruzeiros) conforme codificações...
Gabinete do Presidente da Câmara Municipal de Resende, em 20 de junho de 1985.
Ivan Melo Cavalcanti
Presidente

Esta lei tem ainda outros dois artigos e foi publicada no Jornal de Resende – n. 352.












































João de Azevedo Carneiro Maia – 1820-1902
Filho de Bento de Azevedo Maia e Antônia Soares Carneiro Maia. Advogado formado em São Paulo, Historiador, Poeta e Escritor. Autor do livro “O Município”, Por suas considerações sobre este tema, é considerado o pai do municipalismo. Autor ainda de obras significativas sobre a história deste município – “Notícias Históricas e Estatísticas de Resende” e “A Lenda do Tymburibá (inspirado nos índios puris, os primeiros habitantes dessa região.)” O Dr. João de Azevedo Carneiro Maia, foi juiz municipal, vereador (de 1849 a 1852) e presidente da Câmara no período legislativo de 1865 a 1868. Foi ainda vice-presidente da província do Rio de Janeiro e deputado por São Paulo.

“Origem do nome Manejo...”
Em 1865, na gestão do presidente Dr. João Maia, começaram os treinamentos (Manejo) de armas dos voluntários para a Guerra do Paraguai. Por este motivo àquela área passou a se chamar Manejo, aliás, onde de 1883 a 1890 funcionou um concorrido hipódromo, com corridas de cavalo e vultosas apostas nos finais de semana e feriados.

“Visita Imperial”

Em agosto de 1868, a cidade “engalanada” recebeu a visita da família imperial, a Princeza Izabel e seu marido o príncipe D. Luis Fellipe, Conde D’Eu.
Foram três dias de festas, o casal ficou hospedado no Palacete Paula Ramos, na atual Praça do Centenário, atendendo pedido da Princesa, veio a seu encontro a poetisa Narcisa Amália, cuja beleza dos versos vossa alteza já conhecia.
Entre outras saudações a cantora sacra Emília Santa Rosa e o seu grupo de coralistas entoaram cânticos e agradaram, ao final da recita a Princeza Izabel chamou Emília Santa Rosa de “Cantora solista imperial” e se prontificou a ajuda-la nos estudos se fosse para a Corte.
O vereador Dr. João de Azevedo Carneiro Maia, Presidente da Câmara Municipal fez as honras da casa. Participaram também além do público e autoridades, os edis Dr. Gustavo Gomes Jardim, Luis da Rocha Miranda (Barão do Bananal), Albino Antonio de Almeida e Manoel da Rocha Leão.

Hino
Cantado no coreto do largo da Constituição
Em frente ao palácio
S. S. A. A. I. I.

Pela exmas. D. Emília e D. Rita de Santa Rosa, acompanhadas pela Sociedade Musical União Resendense, na noite de 27 de agosto de 1868.

Entre nós descança augusta,
Ornada de encanto mil,
A nossa excelsa princeza,
A esperança do Brasil.

Vêem ao céu nossos hinos,
Por um arcanjo insperados;
Para que os votos do povo
Sejam sempre memorados.

Vem, oh príncipe magnânimo,
D’Orleans frondoso hastil;
Vem dar vida ao campo, aos bosques
Do magestoso Brasil.

Mais uma estrela no espaço,
Mais um astro em céu de anil,
Resende exulta saudando
Os herdeiros do Brasil!

“Donativos para a Matriz...”

Quando a Princeza Izabel visitou Resende, a Igreja Matriz estava em construção e com dificuldade de material para conclusão da obra.
A cantora Emília Santa Rosa e seu grupo bolou uma forma criativa de pedir apoio a princesa, e fizeram em forma de poesia que ao ser recitada por uma menina ficou gracioso, com entre outros, estes versos:

Súplica á Sereníssima Princesa Izabel

Permite, senhora, ao anjo
Da Virgem da Conceição
Que deponha hoje uma suplica
Em vossa imperial mão.

O templo em que se encerra
A sua imagem sagrada
Esta ameaçando em ruínas
Da sua base munada!

Protegei Senhora, o templo
Da Virgem da Conceição
E tereis no trono excelso,
Seu favor e proteção.

A princesa entendeu e atendeu a mensagem e destinou através da loteria da corte, ajuda financeira para as obras da Igreja Matriz de Resende, construída entre os anos de 1812 a 1831, com sucessivas obras de remodelação, em agosto de 1945 sofreu um pavoroso incêndio. Reconstruída logo após, graças ao apoio da comunidade, sob a liderança do vigário saudoso Monsenhor Ludovico.




































































João Luís Gomes – 1946
Resendense, filho do comerciante Bernardino Luiz Gomes e Brandina de Souza Gomes, sobrinho do influente político Osvaldo Luiz Gomes, aplicado aluno do Colégio Dom Bosco. Casou-se com Marlise Camilher Gomes, formado advogado pela Faculdade de Direito da Universidade Fluminense, graduou-se também em Educação Física pela Faculdade do Rio de Janeiro exerceu o magistério.
Filiado ao ARENA, foi vice-prefeito e elegeu-se vereador para o período de 1971-1973, presidindo a Câmara em 1972.
Em janeiro de 1977, o prefeito Aarão Soares da Rocha, licenciou-se do cargo, o vice João Luís assumiu, sendo o mais jovem prefeito da história do município, na época com 31 anos.

“Escola Normal Santa Ângela”

Resolução 1096 de 28 de março de 1972.

A CÂMARA MUNICIPAL DE RESENDE, ESTADO DO RIO DE JANEIRO,

RESOLVE:


Art. 1o – Fica reconhecido como de utilidade pública o Ginásio e Escola Normal “Santa Ângela”.

Art 2o – Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação.


Gabinete do Presidente da Câmara Municipal de Resende, em 28 de março de 1972.

Dr. João Luiz Gomes
Presidente










“Associação de Proteção à Maternidade e à infância de Resende – APMIR”

Resolução 1099 de 28 de março de 1972.

A CÂMARA MUNICIPAL DE RESENDE, ESTADO DO RIO DE JANEIRO,

RESOLVE:


Art. 1o – Fica reconhecida como de Utilidade Pública a Associação de Proteção à Maternidade e à infância de Resende.

Art. 2o – Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação.
Gabinete do Presidente da Câmara Municipal de Resende, em 28 de março de 1972.

Dr. João Luiz Gomes
Presidente.





















João Mendes da Cunha Filho – 1926
Resendense radicado no Distrito de Engenheiro Passos, filho de João Mendes da Cunha e Leonilda de Campos Cunha. Foi contador, vereador, líder político e comunitário.
Autor da indicação que deu o nome de Henrique Sérgio Gregori (Saudoso diretor da Xérox) ao Hospital de Emergência de Resende, inaugurado em Abril de 1994. Pertencente ao PDT, eleito vereador, João Mendes presidiu a Câmara em 1991, vice Hélio de Oliveira Moura. João Mendes desfruta de merecida aposentadoria junto aos familiares e amigos no aprazível distrito de Engenheiro Passos.
O plenário da Câmara Municipal passou a ser denominado “Sala Dr. Jorge Miguel Jaime” por indicação do vereador João Mendes, através da lei 1740 de 8 de novembro de 1991.

“Criação do PROCON – Resende”

Lei n. 2427 de 02 de Julho de 1991.
EMENTA: Dispõe sobre a Instituição do
Programa Municipal de Proteção
E defesa do Consumidor (PROCON/RES),
E dá outras providências.
A Câmara Municipal de Resende, Estado do Rio de Janeiro,
Resolve:

Art. 1o – Fica instituído, com base na Lei Federal n. 8.078 de 11 de setembro de 1990 (Código de Defesa do Consumidor), o Programa Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor (PROCON/RES), destinado a formular a política municipal de proteção, orientação, defesa e educação do consumidor, bem como, a promover e implementar as ações a ela relacionadas.

Art. 2o – O PROCON/RES disporá de uma câmara consultiva, o Conselho Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor (CMPDC) e uma Secretaria-Executiva, esta integrada à estrutura orgânica do Poder Executivo Municipal, como órgão de assessoramento imediato ao Prefeito Municipal.

João Mendes da Cunha Filho
Presidente

Esta lei tem ainda outros oito artigos e foi publicada no Jornal A Voz da Cidade – 24 de jul. 1991.









































João Nunes de Almeida – 1905-1987
Ex Tabelião e oficial do Registro Civil de Itatiaia nasceu em São Joaquim da Serra Negra, Vila de São Vicente Férrer, hoje Cidade de Alterosa, Minas Gerais. Filho de Manoel Francisco de Almeida e Isaura Nunes de Almeida, o mais velho de uma família de sete irmãos.
Ainda jovem veio para o estado do Rio de Janeiro, trabalhar em Floriano, Distrito de Barra Mansa. Mas com o falecimento do pai se transferiu para o antigo Campo Belo, hoje Itatiaia, para cuidar de seus irmãos menores. Casou-se com Perseveranda Gomes de Macedo, desta união nasceram cinco filhos. Comerciante, exercia também o cargo de auxiliar de cartório e com o falecimento de seu titular, em 1929 foi nomeado tabelião e escrivão do Registro Civil de Itatiaia, cargo que exerceu até 1976.
Lutou muito por uma prefeitura no então distrito, pela emancipação política, social e administrativa de Itatiaia. Antes de falecer em 1987 pôde ver concretizado o sonho da emancipação e recebeu homenagem in memorian. Em 06 de dezembro de 1990, pela Câmara Municipal de Itatiaia o Diploma de Vereador Emérito.
Participou de vários clubes e entidades sociais, Maçonaria, Lions, Rotary e foi membro da Igreja Católica. Faleceu aos 82 anos, em 20 de abril de 1987.
Líder político, filiado a ARENA, eleito vereador (representando Itatiaia) presidiu a Câmara no ano de 68. Nesta eleição foi eleito para prefeito municipal o Dr. Aarão Soares da Rocha e entre outros vereadores a escritora Maria Amélia Alves, autora do soneto “Prece ao Vereador”.
Na época a Câmara funcionou na Praça do Centenário, no prédio da Biblioteca Municipal Dr. Jandyr César Sampaio.

“A Bandeira do Município de Resende...”

A Câmara Municipal de Resende, votou e eu, nos termos do artigo 153o, parágrafo 5o, da Constituição Estadual, promulgo a seguinte Resolução n.862.

Art. 1o – Fica criado o ESTANTARTE DO MUNICÍPIO DE RESENDE, lançado no desenho e com as seguintes características:
a) Dimensões – Retângulo de 14/20 módulos – relação – das dimensões da Bandeira Brasileira.
- Brasão de Armas: ao centro do retângulo enquadrado na razão: 7/6 módulos.
- Fundo branco.
- Cruz nas cores verde e azul em faixas com largura de 1 módulo.
- Contorno: franja amarelo-ouro.
b) Simbologia do Estandarte:
- Centro: Brasão de Armas: - de acordo com a Resolução n. 525, de 29 de setembro de 1955, da Câmara Municipal de Resende.
- Cruz em verde e azul que divide o retângulo em quadrantes;
- Cruz – Simboliza o espírito de fé, tal como nos primórdios de nossa Pátria, continuando através – dos tempos e símbolo da esperança no seu futuro glorioso.
- As cores verde e azul predominantemente no Brasão de Armas tem o seu simbolismo na Resolução supra citada.
- As faixas azuis estão localizadas nos quadrantes correspondentes aos da Bandeira do Estado do Rio de Janeiro.
- Fundo Branco – fundo da primeira Bandeira Brasileira – A cor representa a índole pacifica e hospitaleira do povo resendense.
- Contornoem franja amarelo-ouro: símbolo do espírito de brasilidade que envolve os cidadãos dessa cidade, e como tal completa a policromia da Bandeira Brasileira: Verde-Amarelo-Azul e Branco.

Art. 2o – A presente Resolução entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

Gabinete do Presidente da Câmara Municipal de Resende, em 25 de julho de 1967.

João Nunes de Almeida
Presidente
















João Vieira da Silva – 1845-1922
Português, filho do casal Antonio Vieira da Silva e Ana da Silva. Aos 14.02.1874 casou-se com Izabel Ferreira da Silva, na igreja Matriz de São José, em Campo Belo (Itatiaia), onde era radicado, teve 8 filhos, próspero comerciante, no ramo de secos e molhados, ajudou e usou a navegação do Rio Paraíba, levando o café produzido na região até Barra do Piraí, para de lá seguir de trem até ao porto do Rio de Janeiro.
Filiado ao Partido Republicano Conservador de Resende foi eleito vereador para os mandatos de 1910 a 1912 e 1913 a 1916, exercendo a presidência da câmara Municipal de 1915 a 1916. Nesta época, com os novos rumos da situação política do estado e do município, Nilo Peçanha passa a governar o estado fluminense. Fruto desta nova ordem, o Dr. Antônio de Souza Pereira Botafogo, primeiro prefeito de Resende, é afastado de suas funções.
Na condição de presidente da Câmara, o coronel João Vieira da Silva assumiu o cargo de prefeito por apenas dezessete dias, (de 01 de 24 de janeiro de 1915), Na seqüência histórica, o novo mandatário municipal, também nomeado, foi o engenheiro Altivo Castelar Leite.
Foi agraciado com a Espada Real contendo o brasão do Império, tornando-se mais um membro ilustre da Guarda do Imperador, pelos relevantes serviços prestados à Pátria. Faleceu ao 77 anos, sepultado em Itatiaia.

“Navegação do Rio Paraíba”
O café produzido na região era levado ao ponto de Angra dos Reis, em lombo de burros, demandando dias de viagem. Os animais usados neste caro meio de transporte eram comprados em Sorocaba , Estado de São Paulo.
A partir de 1863 inaugurou-se a navegação do rio Paraíba do Sul, através das barcaças, com destino final a Barra do Piraí, 15 léguas, vencidas em arriscadas 8 a 9 horas. Ao cabo de 3 anos o serviço chegou a contar com 40 embarcações.
“Luzitânia” era o barco mais badalado, propriedade do português João Vasques, um dos pioneiros daquela empreitada, desenvolvida por outros luzitanos.
No princípio os barcos eram tocados por remo e depois passaram a ser a vapor. Transportavam cargas e também passageiros, e na volta de Barra do Piraí trazia encomendas de produtos comercializados na corte, alguns importados.
Com este serviço o café deixou de ser levado para Angra dos Reis. A navegação fluvial cessou em 1873 com a chegada da ferrovia Dom Pedro II, passando a produção cafeeira a ser escoada diretamente ao Porto do Rio de Janeiro.
Por volta de 1879, funcionou em porto Real a lancha Eloy da Câmara, para o transporte de passageiros e produtos da destilaria de álcool instalada no Engenho Central, até a Estação da Divisa, atual Distrito de Floriano e arredores.
Além do café colhido em Resende, era também escoado as produções do Vale Paulista (Bananal, São José do Barreiro, Queluz).



































Joaquim Carlos Bernardino e Silva – 1837 - 1897
Natural do município fluminense de Cantagalo, filho do casal Luís Francisco de Paula e da professora Lídia de Paula. Advogado, com banca (residência e escritório) na Rua Padre Marques, sobrado n. 09 – Alto dos Passos.
Proprietário e professor do Colégio São Carlos, Instalado na antiga Rua do Ouvidor, atual rua Dr. João Maia, no centro da cidade, que também servia de preparatório para o tradicional colégio Dom Pedro II no Rio de Janeiro.
Fazendeiro; deputado federal ocupou outros cargos na vida pública de Resende. Elegeu-se vereador para o período legislativo municipal de 1877 a 1880. Foi o mais votado, com 1287 votos, cabendo-lhe presidir a câmara neste quadriênio. Na mesma eleição foram eleitos ainda outros nomes conceituados na trajetória política deste município:
José Domingos dos Santos Júnior
Dr. Estanislau da Silva Gusmão
Dr. Pedro Paulo de Souza Nogueira
Francisco Pereira da Silva
Antônio Jacinto Pereira Souto
Dr. Alfredo Thomaz Whately
João Batista Brasiel
Dr. Joaquim Augusto Ribeiro da Luz
O Dr. Joaquim, presidente da Câmara em novembro de 1877, foi uma das autoridades que fizeram a viagem de inauguração da Estrada de Ferro Resende á Bocaína, trecho Suruby a Fazenda Bambus, ato revestido de grande festa com a presença da Banda de Escravos do Barão do Bananal.
Posteriormente a ferrovia “trenzinho” como era chamado se estendeu até o município de São José do Barreiro, Estado de São Paulo, cessando as atividades no final da década de 1920.

“Uma Biblioteca para a cidade...”
O jornal Itatiaya, edição do dia 13 de janeiro de 1837, registra o Dr. Joaquim Carlos Bernardino Silva, na sessão da Câmara do dia 9 do corrente propondo a criação de uma biblioteca popular na cidade. Descorreu sobre a conveniência da idéia e propôs ainda que a Câmara Municipal nomeasse uma comissão, solicitando aos moradores donativos para a sua concretização.
Sendo a idéia bem acolhida por todos os Srs. Vereadores presentes é de se esperar que, muito breve nossa cidade contará mais este melhoramento, hoje indispensável atendo-se ao adiantamento intelectual da sua população.












































Joaquim Gomes Jardim – 1810-1890
Notável resendense, filho de Domingos Gomes Jardim e Inácia Antônia de Escobar. Casou-se com Antônia Ferraz. Do casal nasceram dez filhos. Viúvo contraiu novo matrimônio com Genoveva Hummel Jardim, com a qual nasceram outros dez filhos.
Foi juiz de Órfãos, comendador, próspero fazendeiro de café, benemérito na cessão de recursos para obras públicas e privadas de Resende, foi um dos subscritores das cotas em dinheiro que possibilitaram a construção da estrada de ferro Dom Pedro II na região. O primeiro comboio chegou a Resende em 1873, ano em que Joaquim Gomes Jardim era presidente da câmara.
Colaborou financeiramente com o governo na guerra do Paraguai e por essa atitude patriota foi agraciado com a comenda “Ordem da Rosa”. Nos anos de 1869 a 1871 destacou-se por sua atuação provedora da Santa Casa de Misericórdia. Vereador e presidente da Câmara de 1869 a 1872 e de 1873 a 1876. Renunciou e foi substituído pelo suplente, o Dr. Alfredo Whately.
Em outubro de 1873 chega a Resende o primeiro comboio ferroviário da Estrada de Ferro Dom Pedro II puxado pela locomotiva “Maria Fumaça”, chamada Exploradora, depois E. F. Central do Brasil, quem inaugurou a estrada foi o Barão de Angra dos Reis, representando o imperador D. Pedro II, ausente por motivo de doença na família. O Barão de Angra dos Reis delegou ao presidente da Câmara Joaquim Gomes Jardim a honra de cortar a fita simbólica da inauguração. O presidente da Casa Joaquim Gomes Jardim, que muito se empenhara para este final feliz, comandou festiva e concorrida sessão na Câmara Municipal, alusiva a àquela importante data histórica.

“Santa Casa”

A Santa Casa de Misericórdia de Resende tem por padroeira Nossa Senhora da Piedade, foi construída com a ajuda do povo, mão de obra escrava, administrada pelo Padre Manoel dos Anjos (descendente de escravos) trazido de Areias – Estado de São Paulo, onde também comandou a obra da Santa Casa local.
Trabalho iniciado em 1861 e parcialmente inaugurada em 1869, quando entrou em funcionamento com os seguintes administradores:

Comendador Joaquim Gomes Jardim – Provedor
Manoel Conrado Teixeira – Vice-provedor
Manoel Rodrigues Pereira de Melo – Escrivão
Joaquim José de Carvalho – Mordomo
Antonio José Maria de Miranda – Mordomo










































Padre Joaquim Pereira Escobar – Século XVIII - 1854
Gaúcho, filho de José Pereira da Silva Maciel e Felizarda Antônia Escobar. Recebeu 929 votos e foi escolhido para ocupar a presidência da Câmara. Quando exerceu o cargo legislativo de deputado, doou o seu subsídio para as obras sociais, notadamente a Santa Casa de Misericórdia, da qual era Provedor, de 1852 a 1853. Solicitado homem público criou o Correio de Resende em 1820, nomeando seu primeiro agente, o Sr. Antonio da Rocha Miranda, Pai do Barão de Bananal. Vereador de 1827 a 1829 e de 1829 a 1832, sendo que nesse período foi Presidente da Câmara.
Na sua gestão de presidente em 1830, foi criado o Distrito de Santana dos Tocos, antigo Curato Senhor Bom Jesus do Ribeirão de Santana. Este quinto distrito de Resende na década de 1960 desapareceu com a construção da Barragem do Funil, este distrito também se chamou Pirangaí.
Faleceu dois anos antes de concluir seu mandato. A exemplo de outros beneméritos, a vida e a obra do Padre Escobar merece ser pesquisada e divulgada.

“Curiosidade...”

Os moradores da Rua da Misericórdia, pedem ao Sr. Fiscal da Câmara Municipal que, pelo amor de Deus e do bom desempenho do cargo que ocupa, para poder ser reeleito no próximo ano, mande extinguir alguns formigueiros que existem no morro fronteiro com a Santa Casa.”
Jornal Itatyaia – 20 dez. 1880.


























































Joaquim Romério de Almeida
Depois de concluir seus estudos no Colégio Dom Bosco e na AEDB, atuou como comerciante por cerca de 15 anos. Em 1996, iniciou na política ao se filiar ao PSDB, exercendo cargo no Diretório. Em 1999, a convite de Noel de Carvalho, ingressou no PDT, partido pelo qual elegeu-se vereador em sua primeira candidatura, ocupando também a vice-presidência da Câmara Municipal de Resende.
Sua atuação no 1o mandato valeu a atenção da mídia local, em razão da atuação de sucesso tanto em prol da zona urbana quanto da rural. Além disso, ganhou destaque como presidente das comissões de Meio ambiente, Turismo, Obras e Serviços Públicos. Em 2004, filiou-se ao PMDB e concorreu ao segundo mandato, sendo reeleito para a Câmara como candidato mais votado do Partido.
Em 2007, eleito presidente da Câmara Municipal, para o mandato 2007/08, tendo como vice a vereadora Soraia Balieiro Nunes de Morais, teve participação decisiva na vinda da Votorantin para Resende. Além disso, como vereador, apresentou e conseguiu a aprovação de projetos em benefício do meio ambiente, da terceira idade, dos portadores de deficiência e dos doentes crônicos. É autor, por exemplo, do projeto de lei 019/06, que garante isenção de IPTU para pessoas com doença crônica. Sempre zelando pelo bem-estar da população, Romério é também um entusiasta do Projeto Câmara Cultural, ampliado ao longo de sua gestão.

LEI N. 4335 DE 22 DE MARÇO DE 2007.

EMENTA: Autoriza a criação dos
requisitos e critérios de
concessão da tarifa social e da
cota social, para os usuários
dos serviços de fornecimento de
água e esgotamento sanitário,
comprovadamente carentes, e
Dá outras providências.

A CÂMARA MUNICIPAL DE RESENDE, ESTADO DO RIO DE JANEIRO, NO USO DE SUAS ATRIBUIÇÕES COSNTITUCIONAIS, COM FULCRO NO ART. 56 DA LEI ORGÂNICA DO MUNNICÍPIO.

DECRETA:

Art. 1o – A concessão aos usuários dos serviços de água e esgoto prestados pelo Serviço Autônomo de Água e Esgoto do Município de Resende (Resende Águas), dos benefícios denominados Tarifa Social e Cota Social obedecerá ao disposto na presente Lei.

Art. 2o – Terão direito ao enquadramento na Tarifa Social os usuários que atenderem aos seguintes requisitos:

I – estar inscrito em um dos programas que integram a rede sócio-assistencial da União, do Estado ou do Município ou pertencer à entidade familiar que se encontra em situação de emergência social, comprovada mediante análise social realizada pela Resende Águas ou pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social;

II – perceber renda mensal per capita não superior ao índice oficial de pobreza fixado pelo IBGE;

Lei composta de 8 (oito) artigos e publicada no Boletim Oficial n. 018 de 27/04/2007.

Gabinete do Presidente da Câmara Municipal de Resende, em 22 de março de 2007.

Joaquim Romério de Almeida
Presidente.


















Joaquim Tomaz de Aquino – 1858-1935
Baiano de Salvador, Joaquim Tomaz de Aquino era filho do pai de mesmo nome e Maria Januária Mercês. Médico formado na Bahia foi um dos primeiros a fazer cesariana no Brasil. Foi industrial (criador do molho aromático e pimenta em pó), sua fábrica de condimentos em Campos Elíseos, empregou muitas pessoas entre as quais muitas eram mulheres, dava ênfase à capacitação dos seus funcionários, pois dizia que a qualidade dos produtos passava pela capacitação de quem os produzia. Por conseqüência do sucesso de sua produção estimulou o cultivo de pimentas na região.
Seu trabalho foi reconhecido com um prêmio na “Feira de Amostras”, do Rio de Janeiro, na Exposição Internacional de Servilha, Espanha no ano de 1931, obteve medalha de ouro, o “molho aromático” fabricado por Joaquim Aquino; e, Concessão Honrosa, o café produzido pelos agricultores locais, Viúva Pentagna & Filhos, Abílio Godoy, João Soares da Rocha, Celestina de Paula, Manoel pinto Nogueira e Gulhot & Rodrigues.
Membro do Partido Republicano Conservador de Resende, eleito vereador para o mandato de 1925 a 1927, quando na condição de presidente da Câmara, foi prefeito interino de Resende de 19.06.1924 a 15.07.1925. Faleceu e foi sepultado em São Paulo.
O Dr. Joaquim Tomaz de Aquino foi Presidente da comissão encarregada de elaborar o primeiro código de posturas do município.
Autoridade que era no assunto de ênfase especial ao aspecto sanitário da cidade e da zona rural. O código foi detalhadamente desdobrado em duas partes – uma meramente administrativa, composta de 11 capítulos e, outra parte com aspectos higiênicos, contendo também igual número de capítulos.

“Curiosidades...”

O busto em bronze confeccionado em homenagem ao eminente cientista resendense Dr. Luiz Pereira Barreto “1840 – 1823”, foi inaugurado na Praça da Concórdia, no dia 09 de dezembro de 1927, tendo no pedestal de granito a inscrição:
Rezende
a
Luiz Barreto


“Recomendação...”

O jornalista Alfredo Sodré foi o orador oficial da concorrida homenagem a Luiz Barreto, cujo o convite trazia esta singular advertência:

“Sendo que esta solenidade exclusivamente
comemorativa e alusiva a personagem alheia
à política, não comportaram os mesmos quais-
quer discursos laudatórios e enfadonhos, visando
endeusamento de políticos em evidência.”

“Movimento Demográfico em 1926”

Nascimento Casamento Óbito
1o Distrito – Cidade 204 49 176
2o Distrito – Campos Elíseos 195 44 114
3o Distrito – Porto Real 36 10 12
4o Distrito – Itatiaia 106 16 54
5o Distrito – Santana 47 13 21
6o Distrito – Vargem Grande 61 28 07
7o Distrito – Fumaça 40 15 31
























Jorge Miguel Jayme – 1918-1991
Natural de Arceburgo, no estado de São Paulo. Advogado conceituado, funcionário público municipal e ocupou por vários anos o cargo de Assessor Jurídico da Prefeitura Municipal. Além disso, recebeu o título de Cidadão Resendense em 1968. É patrono da Cadeira Quinze da Academia Resendense de História, tendo sido vereador e, em 1954, presidente da Câmara. Uma das ruas da Vila Central, bairro próximo à Vila Moderna, leva seu nome e, em homenagem à atenção dispensada aos moradores de Itatiaia, a Estação Rodoviária deste município chama-se Jorge Miguel Jayme.
Em sua carreira política era partidário do PSD/UDN, presidindo a Câmara, no dia 25 de agosto de 1954, data do suicídio do presidente da república Getúlio Vargas, convocou uma sessão extraordinária. No decorrer foram, através dos vereadores, prestadas homenagens póstumas ao estadista falecido. O Edil Dr. Haroldo Rodrigues Vianna, da sigla UDN (opositora ao PTB de Vargas), referiu-se a Getúlio como um grande político internacional.
Por indicação dos vereadores Aluízio Balieiro e Aníbal Rocha Pontes, desde 27 de dezembro de 1993, Dr. Jorge Miguel Jaime é nome de uma rua localizada na vila central, l° distrito.
Campeão de indicações, sobretudo revestidas de importância social, o vereador Jorge Jayme, se pronunciou cobrando a concessão de justa pensão a professora Maria Alice Torrezão da Cunha.

Projeto de Lei

A Câmara Municipal de Resende, aprovou o seguinte decreto Lei:
Art. 1 – Fica concedido a Dona Maria Alice Torrezão da Cunha, pensão vitalícia de CR$ 500,00 (quinhentos cruzeiros) mensais a partir de 1o de julho de 1951, em reconhecimento aos relevantes serviços educacionais prestados a Resende.

“As campanhas eleitorais...”

Durante a eleição municipal para o mandato (1951 a 1954), circulavam nas ruas e imprensa vários versos (quadras) tendo os concorrentes por tema.

Para prefeito queremos
O lutador João Maurício
Com ele realizaremos
As promessas do comício

Itatiaia só quer
como digno vereador
o candidato Badger
ou a candidata Leonor

João Maurício de Macedo Costa, foi eleito prefeito e os vereadores Badger Teixeira da Silveira e Leonor Ferreira também. Leonor foi a segunda mulher a se eleger vereadora no município, e Graciema Cotrim a primeira, aliás ambas de Itatiaia.
































José Alfredo Sodré – 1865-1965
Lembrando um antigo ditado popular: “Sodré só não fez chover em Resende”.
Natural de Niterói, filho do casal José Balthazar de Abreu Sodré e Joaquina Sodré, mudou-se para Resende em 1878. Militante na justiça (espécie de defensor público) e na imprensa, adquiriu em 1996 o jornal “O Tymburibá” que sob a sua batuta circulou 55 anos. Coronel da guarda nacional, um dos fundadores do Grêmio Literário Luís Pistarini e grande orador.
Em 1892 casou-se na igreja matriz de Resende com Sílvia de Sá Macedo de Carvalho. Hábil articulista político membro do Partido PSD, eleito vereador, presidiu a Câmara Municipal de 1919 a 1921, e na condição de presidente, foi prefeito interino no período de 7.02.1921 a 22.04.1922. Posteriormente Sodré foi prefeito de Resende, o primeiro a ser eleito pelo voto popular. Administrou de 02.09.1922 a 22.08.1923, quando teve o mandato cassado por divergências partidárias.
Depois que “O Tymburibá” parou de circular, Sodré passou a colaborar com outros periódicos, dentre eles o saudoso jornal A Lyra, que já centenário, encerrou as atividades em 2002. Maçom foi agraciado com o título de cidadão resendense em 1948.
No centenário do seu nascimento (1965) recebeu significativa homenagem póstuma, traduzida na colocação de seu busto na praça do centenário, gravando-se no bronze as seguintes palavras:
Ao Coronel Alfredo Sodré
Homenagem da sociedade e amigos de Resende
Ao grande defensor desta terra e combatente ardoroso
Durante 50 anos na imprensa local.
Sodré é patrono da cadeira 21 da Academia Resendense de História, e também dá o nome a uma distinção cultural (medalha) no Grêmio Literário de Resende.

“Associação Operária...”

O bairro do Lavapés tem este nome, inspirado nos hábitos das pessoas lavarem os pés (certamente enlameados), num ribeirão local, ao entrarem na cidade. Em 21 de julho de 1925, com apoio do jornalista Alfredo Sodré, foi criada no bairro, na rua Dr. Eduardo Cotrim, a Associação Operária Beneficente de Resende, tendo como presidente o Sr. Antenor Ferreira.
Doravante a sede da Associação passou a ser o ponto de encontro e de festas dos trabalhadores. Mais Sodré uniu-se ao ponta Noel de Carvalho e incentivaram a criação e a manutenção da Banda de Música da Associação, que teve entre outros regentes, a batuta do saudoso maestro Aniceto.
Entre outras festividades era ponto de honra as comemorações do dia 1o de maio, data consagrada ao trabalhador. A cidade era despertada pelos acordos da banda, e o foguetório providenciado pelo “Coringa” Benedito Ivo Martins de Barros, já falecido.
A noite após a fala do palestrante convidado era a vez dos disputados comes e bebes. O brilhante Arísio Maciel foi durante muitos anos o mestre de cerimônias da casa e o 1o de maio terminava sempre com animado e ordeiro baile. Cabe ressaltar alguns itens a serem observados durante anos, no tocante aos pés-de-valsas: era proibido as damas darem tabúa, ou seja; se convidada a dançar, recusar o parceiro. Quanto aos cavalheiros era expressamente vetado dançar de chapéu ou sem usar paletó.
Para facilitar a vida dos freqüentadores sócios ou não sócios, na sede da associação, um balcão era destinado para guardar os chapéus e paletós a serem alugados por preço módico. Ao término do baile, nunca antes das cinco da matina, o pessoal pegava o chapéu de volta e devolvia o paletó. Providências boladas pelo irriquieto Sodré, orador oficial da Associação por longos e saudosos anos.
























José da Cunha Ferreira – 1853-1914
Natural de Bananal, Estado de São Paulo, irmão do médico resendense (nascido em Santana dos Tocos) Dr. Clemente Ferreira “Tisiologista” de renome nacional. José da Cunha Ferreira, formado em medicina, clinicou vários anos e Resende. Próspero fazendeiro de café. Residia no bairro Lavapés ao lado da “Plataforma” Estação da saudosa estrada de ferro Resende – Bocaína, atrás da Santa Casa. Foi casado com Julieta Pinheiro da Silva. Líder político, vereador e presidente da Câmara de 1887 a 1890.
O vereador José da Cunha Ferreira renunciou o seu mandato em abril de 1889, por ter se mudado para outro município. Na eleição suplementar realizada pela Câmara para o preenchimento daquela vaga concorreram 3 candidatos, saindo vencedor João Ferreira da Rocha Filho, com 118 votos.
Deputado provincial e estadual. Faleceu e foi sepultado em Guaratinguetá-SP, onde residia. Registra-se que o atuante Dr. Cunha Ferreira foi zeloso provedor da Santa Casa de Misericórdia de Resende, por dois períodos: 1890-1891 e 1909-1912. Em agosto de 1890, o presidente da Câmara, Dr. Cunha Ferreira divulgou o resultado do recenseamento dos habitantes daquele ano: Cidade (incluindo Campos Elíseos e Porto Real) 13.039; Campo Belo (Itatiaia) 3.438; Sant’Ana dos Tocos 2.197; Vargem Grande 3.650 e são Vicente Férrer – (Fumaça) 2.758. Quando o Dr. Cunha Ferreira presidiu a Casa de Rui Barbosa teve como vice Dr. Tito de Sá.
A Rua Dr. Cunha Ferreira foi uma das primeiras travessas do Curato de Nossa Senhora da Conceição do Campo Alegre da Paraíba Nova depois Vila de Resende. No ano de 1849 passou ser chamada Rua Formoza.
Tempos depois, por volta de 1896, teve o nome mudado para Rua dos Voluntários pelo fato de lá residir Antonio Moitinho França, (atualmente Empresa de Telefonia), onde em fevereiro de 1865 ficaram aquartelados os primeiros voluntários resendenses que foram para a Guerra do Paraguai. Eles seguiram embarcados nas barcas da navegação fluvial do Rio Paraíba até Barra do Piraí. Daí em diante seguiram de trem ao Rio de Janeiro e de lá para o campo de batalha.
Foram enviados mais de 250 voluntários, entre eles escravos, aos quais foi prometida a alforria quando voltassem da guerra. Alguns resendenses voltaram, muitos tombaram e ficaram por lá...
Em 1919 a rua foi denominada Dr. Cunha Ferreira em homenagem a este personagem da nossa história.





“13 de maio de 1888”

Festa Republicana

O Comércio e a Abolição
Aos distintos e honrados negociantes d’esta cidade

Em nome da sua Alteza a Princesa Imperial Regente e dos Exms. Srs. Deputados abolicionistas pedimos para que em regozijo da Abolição immediata, cujo decreto será em breve assignado por sua Alteza, fechem algumas horas, nesse grande dia, dispensando assim seus dignos empregados para estes honrarem com suas presenças a festa popular que se está preparando para esse dia.
Fiados na sua benevolência esperamos ser atendidos em um pedido tão justo confessando-nos desde já eternamente gratos.
Os empregados do commércio
Jornal Itatiaya – 12 de maio de 1888
Lei n. 3. 353
13 de maio de 1888

A Princeza Imperial, em nome de sua majestade o Imperador o Senhor Pedro II faz saber a todos os súditos do império que a assembléia geral decretou e ela sancionou a lei seguinte:
Art. 1- E declarada extinta desde a data desta lei a escravidão no Brasil.
Dada no Palácio do Rio de Janeiro, 13 de maio de 1888, 67o da independência e do Império.
Abolição em Resende

Embora sem surpresa a cidade recebe, em meio a festiva alegria a noticia da Abolição da Escravidão no Brasil. A tarde de 14 de maio chegavam para os jornais locais, telegramas transmitidos a noticia. Da Abolição durante o dia e principal à noite foi uma grande festa, com direito a banda de música no Largo da Constituição (Praça do Centenário) e muitos fogos de artifício. Não faltaram os discursos inflamados dos doutores Gustavo Jardim, Melo Nogueira, Cunha Ferreira (Presidente da Câmara), Alfredo Whately e Alfredo Sodré. A maioria dos escravos libertos, sem orientação ficaram vagando pelas ruas e tomaram o rumo ao Oeste de São Paulo, na época em pleno apogeu do café.


José Gregório Thaumaturgo 1804-1882
Português, naturalizado brasileiro, filho do casal Bento José Rosa e Maria Sara. Casado com Maria do Carmo Oliveira. Capitão da guarda nacional, comerciante, católico fervoroso. Participou ativamente da vida social e política da cidade. Exerceu as atividades de contador e solicitador. Administrou as obras na igreja do Rosário, construída entre 1825 e 1827. Juiz de paz residia à Rua da Ponte, atual Dr. Luís Barreto, a 1ª a ser calçada em Resende. Vereador, Presidente da Câmara em 1881. Chegou em Resende com 28 anos, tornando-se comerciante fazendo-se proprietário e político, foi um dos primeiros a se fixar na vila um dos primeiros a se fixar na vila, depois de 1801 e também o 1o a se naturalizar após a independência do Brasil.

“Igreja do Rosário”

Construída entre 1825 e 1827, tendo por administrador o Capitão José Gregório Thaumaturgo que dedicou á obra total dedicação, mesmo em detrimento dos seus negócios particulares. A primeira irmandade da igreja do Rosário foi criada por idéia do atuante Manoel Gonçalves Martins “Manoel Carimbo”, instigante personagem da história local. O sino da igreja do Rosário foi doado em 1889 pelo Sr. Antonio José Dias Carneiro “Visconde do Salto”, benemérito também de outras obras sociais da cidade.
De certa forma esta igreja era ponto de encontro de fé e resistência sócio-cultural dos negros, realizando celebrações religiosas e festas, notadamente a do Divino Espírito Santo e de São Benedito. Até porque São Benedito – Padroeiro dos Cativos – ocupava na Igreja um dos altares centrais e era muito venerado.
Era comum nestas festas os fazendeiros liberarem grande parte dos escravos para eles participarem dos encontros. Nestas ocasiões o Yorubá-língua da pátria deles era quase tão falado quanto o português.
Durante muitos anos na igreja do Rosário funcionou uma espécie de resistência cultural dos afro-descendentes.
Morreu no ano de 1882, por desejo próprio seus despojos foram sepultados no cemitério Senhor dos Passos, com vestes, “mortalha” de São Francisco.
















































José Gulhot – 1865-1940
Natural de Láuria, Itália, filho de Domenico Gulhot e Maria Giuseppe Lelpa, Casou-se na igreja Matriz de Resende com Henriquieta Aurélia Vianna, no dia 15 de Janeiro de 1895.
Próspero comerciante, em 1927 recebeu o título de Provedor Honorário da Santa Casa e de outras obras sociais da cidade. Eleito para o mandato de vereador de 1924 a 1927 obteve 721 votos. No ano de 1927, o eleitorado do município era composto: Cidade – 10.030 eleitores, Campos Elíseos: 659 eleitores, Campo Belo (Itatiaia): 328 eleitores, Vargem Grande: 215 eleitores, São Vicente Férrer (Fumaça): 153 eleitores e Santana dos Tocos: 133 eleitores.
Não foi o mais votado, mas assumiu a presidência da Câmara para os anos 1924 a 1926 por ser o mais idoso dos concorrentes, tendo como vice os vereadores Antonio da Veiga e Silva e João Soares da Rocha.
Foi ainda eleito para outros mandatos e outras presidências da Câmara. Foi provedor da Santa Casa de Misericórdia de 1921 a 1926. José Gulhot morreu com 55 anos, em 16 de julho, o mesmo dia em que nasceu. Pecuarista, um dos fundadores da Associação dos criadores de Resende.

“Bicentenário da Cafeicultura...”
Com as presenças do prefeito Abílio Marcondes de Godoy e do vereador José Gulhot – Presidente da Câmara Municipal, entre outras autoridades, a 10 de dezembro de 1927, foi inaugurado na Praça Oliveira Botelho o “Obelisco do Café”, comemorativo do 2o Centenário: (1727 – 1927), da plantação de café no Brasil. O obelisco foi oferecido a Resende pela Sociedade Fluminense de Agricultores e Indústrias Rurais, com a seguinte inscrição:
A Sociedade Fluminense de Agricultura e Indústrias Rurais mandou erigir este obelisco em comemoração do 2o Centenário da introdução do cafeeiro no Brasil – no município de Resende, de onde irradiaram as colossais plantações que fazem hoje a grandeza de nossa pátria.

Anos após o obelisco foi transferido da movimentada Praça Dr. Oliveira Botelho, para um canto quase escondido em frente arredio do Paço Municipal – Câmara e Cadeia.
Vale lembrar que as primeiras mudas de café plantadas em Resende foram trazidas do Rio de Janeiro pelo Padre Couto e plantadas em terras de sua propriedade em São Luiz Beltrão e depois São Vicente Ferrér atualmente distrito de Fumaça.



“Fraude Eleitoral I”

Com relação a eleição municipal para o quadriênio de 1924 a 1927, o jornalista Alfredo Sodré – Jornal “Tymburibá”, em tom mordaz, fez estas considerações.

“Terminou em todo o território do município de Resende, que se chamou Nossa Senhora da Conceição do Campo Alegre da Paraíba Nova, a panacéia eleitoral: vingou a fraude impuria, a eleição foi cinicamente falsificada na própria cidade e até na seção presidida pelo órgão do Ministério Público, cargo então interinamente exercido pelo Bacharel Otelo Gonçalves, que logo após, embora sabe-se Deus para onde. Tomará que tenha sido para bem longe...”

“Fraude Eleitoral II”

“A comissão de sindicância eleitoral apurou que na eleição federal ocorrida em 01 de março de 1930, votaram eleitores falecidos em 1920, 23,25,26 e 28.”






















José Mendes Bernardes 1860-1932
Vereador, presidindo a Câmara em 1916, o resendense Coronel José Mendes Bernardes, por prerrogativa da função, exerceu interinamente, por alguns meses, o cargo de Prefeito Municipal (o 4º deste Município). Exerceu também o mandato de Deputado Estadual.
Filho de Francisco da Rocha Bernardes e Feliciana Mendes Bernardes, líder político e próspero fazendeiro, radicado em Itatiaia, presidente do diretório do partido republicano.
José Mendes Bernardes e comitiva recepcionaram no dia 21 de maio de 1916, na Estação da Estrada de Ferro Central do Brasil, Santos Dumont – o Pai da Aviação – de passagem por esta cidade com destino à capital paulista. O orador convidado para saúda-lo foi o Sr. Ademar Vieira, proprietário do jornal “A Lyra” e astuto comerciante. Consta que o Ademar tentou vender um sítio em Resende ao Santos Dumont, ato censurado por alguns dos presentes.

Que a terra lhe seja leve
“José M. Bernardes foi vereador e presidente da Câmara Municipal . Deputado ao Congresso Estadual, cujo mandato não terminou, por causa da intervenção do Presidente Arthur Bernardes nos negócios do Estado do Rio de Janeiro, anulou todos os órgãos da administração fluminense. Triste 18 de março de 1832, dia em que partiu do nosso convívio José Mendes Bernardes.
A população de Campo Bello – 4o distrito de Resende, onde ele nasceu, cujo rincão devotava inexcedível estima tributou-lhe, com justa razão, as provas de reverencia e veneração que fazia jus”.
Alfredo Sodré – Março de 1932

A Câmara Municipal de Resende, em Sessão Ordinária de 29 de maio de 1916, aprovou a seguinte resolução:

Art. 1o – Que seja declarada perpétua a sepultura que acolheu os despojos mortais do ilustre resendense Dr. Alfredo Thomaz Whately, no cemitério público da cidade.

Art. 2o – Fica autorizada a prefeitura a relevar à viúva do referido Dr. Alfredo Whately, do pagamento de dívida em que se acha o prédio em que reside, bem como, dos impostos predial e de água enquanto viver e residir nesse prédio, à Rua do Rosário n. 186, mandando também efetuar a instalação sanitária no prédio e o respectivo passeio.
Revogam-se as disposições em contrário

Paga da Câmara Municipal
31 de Março de 1916.

Jornal “O Regenerador”
Órgão Oficial do Partido
Republicano Resendense
Junho de 1916.


































José Rodrigues Pedreira 1909-1979
Resendense, filho de Antônio Pedreira Fernandes e Raquel Rodrigues Pedreira. Funcionário público federal, agente da Estrada de Ferro Central do Brasil, autor do livro “Resende em Revista”, Vereador, presidente da Câmara em 1969. Apaixonado por sua terra e com intuito de divulga-la Pedreira criou a frase “Visite Resende a cidade mais bela do estado do Rio”, foi chamado de bairrista, mas não esmoreceu, pelo contrário, foi além pagou do próprio bolso e mandou confeccionar flâmulas estampadas com a frase e a distribuiu em várias cidades brasileiras e até no exterior.
Atuante em movimentos sociais e comunitários da cidade, notadamente, o Asilo Nicolino Gulhot e a alfabetização de adultos. Era membro do partido político ARENA/PTB.
Patrono da Cadeira Dezenove da Academia Resendense de História.

“Acumulação de Vencimentos”
1a Sessão ordinária da Câmara Municipal
“ O Tribunal Regional Eleitoral se pronunciou a propósito da situação do Vereador José Rodrigues Pedreira, que sendo ferroviário da E. F. Central do Brasil quer que vá trabalhar, mesmo nos momentos coincidentes a função legislativa.
O tribunal decidiu o contrário, podendo no entanto o vereador optar pela função legislativa ou pelo encargo burucrático, o que não pode, porém, é receber os vencimentos funcionais e o subsidio legislativo, por que no caso dos dinheiros públicos os juízes entendem que dois proventos não cabem em um só saco...”
Jornal “A Lyra” – 11 Janeiro de 1948.
Em conseqüência desse impasse político-administrativa o vereador José Rodrigues Pedreira renunciou ao seu mandato de vereador, sua vaga foi preenchida pelo suplente Joaquim Luiz de Golvêa.





















































Juracy Aguiar Cunha – 1946
O quarto de doze irmãos, filho de Antônio Marques S. Cunha e Raimunda Aguiar Cunha, cearense de Martinópole, casado com a professora Lúcia Luiza da Silva Cunha. Chegou a Resende em 1957, aos 11 anos, época em que a cidade padecia com constantes apagões. Fez o curso ginasial, década de 1960, na Escola Técnica de Comércio Dom Bosco, funcionando na época nas instalações do Grupo Escolar, depois Colégio Estadual Olavo Bilac, em Campos Elíseos. Profissionalmente, como comerciante acompanhou os passos do pai vendendo de porta em porta bordados do Ceará.
Sempre sorridente e atencioso, certamente já cultivando seu futuro eleitorado, de muitos votos e vários mandatos. Entre outros cargos foi diretor do DETRAN/RJ (8o CIRETRAN em Resende. Filiado ao MDB, depois PMDB, exerceu o cargo eletivo de vereador em quatro mandatos, durante 19 anos, sendo o primeiro de 1977 a 1982. Três vezes Vice Presidente, presidiu a Casa de Rui Barbosa em 1982/83.
Juracy atualmente no Governo do Prefeito Silvio de Carvalho, o cargo de Ouvidor Geral do município.

“Unidades Médico-Sanitárias no Paraíso...”
LEI N. 1739 de 20 de maio de 1982.
A Câmara Municipal de Resende, Estado do Rio de Janeiro,
Resolve:
Art. 1o – Fica o Poder Executivo autorizado a fazer “Cessão de Uso” ao Estado do Rio de Janeiro – Secretaria de Estado da Saúde, de um terreno de propriedade do município, com 204, 98m2 (duzentos e quatro vírgula noventa e oito metros quadrados) situados na Rua Dom Bosco, no Bairro Paraíso, no 2o Distrito, confrontando-se pela frente com a Rua Dom Bosco, medindo 13, 60m, pelo lado direito com o Horto Florestal da P. M. R., medindo 20, 00m e 12, 20m respectivamente.

Art. 2o – A área prevista no artigo anterior, com as características constantes da planta e que fica fazendo parte integrante desta Lei, destinar-se-á ao Projeto Especial de implantação de Unidades Médico-Sanitárias. (construção de um subposto de saúde).

Art. 3o – Caso o cessionário do uso não inicie a construção do subposto de saúde no prazo de um (01) ano, a contar da cessão, ou se for dada ao imóvel outra destinação, ficará sem efeito a cessão de uso, retornando o imóvel, a propriedade plena da Prefeitura Municipal de Resende com todas as benfeitorias, sem qualquer indenização ou direito de retenção.

Art. 4o – Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
Juracy Aguiar Cunha
Presidente



Em 1979 durante as comemorações do aniversário da cidade, o vereador Juracy teve – “segundo ele diz – a honra e o prazer de em nome do município fazer a indicação na Câmara e entregar no decorrer da festa cívica, ao ex-prefeito Augusto de Carvalho, o título de Cidadão Resendense:
O saudoso ex prefeito Augusto de Carvalho, foi ainda juntamente com a sua esposa também falecida, Adriana Marchesini de Carvalho, agraciado com a Comenda Bandeirante Simão da Cunha Gago. Faleceu em setembro de 1992 e foi sepultado no Distrito de Engenheiro Passos, onde era radicado e muito querido.
Sua filha, a inspirada autora Martha Carvalho Rocha, lhe dedicou estes versos:
Quando você chegar lá
procure um homem de cicatriz no peito
E peça que lhe conte a sua história.
Vale a pena!
Não há pressa,
Pode ser amanhã
Ou daqui a cem anos
Ele não vai morrer
Impregnou a terra.














Manoel Fernandes da Silveira 1859-1936
A denominação oficial da tradicional Praça do Rosário é Dr. Silveira onde se encontra também, o busto deste médico humanitário.
Sergipano de São Cristóvão, filho de Manoel Fernandes da Silveira e Filismina Sobral. Formado pela Faculdade de Medicina de Salvador – Bahia. Chegou a Resende no ano de 1892, casado com Ester Carvalho da Silveira, pianista, compositora da valsa Yolanda, gravada pelo grupo Os Saudosos da Seresta, no verso do disco do Hino a Resende.
Prefeito em 1924 renunciou ao mandato. Concorreu novamente em 1929 e foi eleito, permanecendo no cargo até a reviravolta política de 1930, quando perdeu o mandato.
Membro do Partido Republicano Conservador de Resende, eleito vereador, presidente da Câmara em 1916 e 1917 e seu vice Dr. Roberto Cotrim Berla. Foi provedor da Santa Casa de Misericórdia no período 1930-1932.
O Dr. Silveira foi sepultado no cemitério Senhor dos Passos. Após a sua morte o antigo Largo do Rosário, passou a se chamar Praça Dr. Silveira. No local seus amigos mandaram colocar o seu busto, em bronze, assentado num pedestal de granito com esta inscrição:

Humanitário Clínico
Dr. Manoel Fernandes da Silveira
Eterna Gratidão dos Amigos de Resende
29 – 09 - 1957

Este saudoso médico e nome do pontilhão sobre o córrego que passa na Cruz das Almas.
Patrono da Cadeira Dez da Academia Resendense de História.

“Médico Humanitário”

Faleceu nesta cidade, na manhã de 7 do corrente, o Dr. Manoel Fernandes da Silveira, que durante 44 anos exerceu clínica médica em nosso meio.
Ilustre médico, filho do pequeno estado de Sergipe, após a sua formatura, na Faculdade de Medicina da Bahia veio para o Sul, onde definitivamente se radicou. Logo que aportou ao Rio de Janeiro, o acaso o encaminhou para esta cidade, a fim de assistir ao casamento de um dos seus melhores amigos, seu companheiro de estudos e de lutas, o ilustre Dr. Oliveira Botelho, nunca mais deixou esta cidade em cuja sociedade se integrou, e da qual foi sem dúvida, se não a maior, pelo menos a mais digna e a mais útil parcela. Exerceu aqui a sua profissão como um sacerdote, com uma modéstia insuperável, tanto assim que todos, sem exceção, pode-se dizer, dedicavam a ele um culto de amor e de veneração como bem poucos tem tido e merecido.
O Dr. Silveiras faleceu aos 74 anos de idade e ainda execia aos 74 anos de idade e ainda exercia a clínica mais por espírito de caridade que com fins lucrativos.
O cortejo fúnebre que conduziu o ídolo que desapareceu na última jornada foi invulgar no seu vulto, fazendo parte do mesmo, irmandades religiosas, associações e escolas.
Foi decretado luto por 3 dias pelo prefeito Ferraiolo e bem assim hasteada a Bandeira Nacional na fachada da prefeitura. O “Grêmio” operário e o Resende F. Club hastearam também suas bandeiras symbolicas.
Texto (parte) do Jornalista
Randolfho de Souza, redator
e proprietário do Jornal “A Opinião”
Resende 18 Abril de 1936.


Nossa primeira vereadora...

Filha do casal Dr. Manoel e D. Éster, Graciema Carvalho da Silveira (1902-2002), fazendeira radicada em Itatiaia, casou-se em 1923 com o médico Dr. Roberto Cotrim, com quem teve 4 filhos.
Eleita vereadora pela coligação do seu partido UDN com o PSD, para o mandato de 1947 s 1950, tornando-se a primeira mulher a ocupar este cargo eletivo no município de Resende.















Manoel Teixeira Ramos 1922-1999
Resendense, filho de Antônio Teixeira Ramos e Zulmira Nunes Ramos, . Casou-se com a barra-mansense Arlete Vieira Ramos em 16 de junho de 1944. Fazendeiro. Comerciante, presidente da Cooperativa Agropecuária de Resende e Rotariano. Fundador e presidente da Organização das Cooperativas do Estado do Rio de Janeiro, diretor da Cooperativa Agropecuária de Resende de 1960-63, Diretor de 1953 a 1955 da Associação Comercial Industrial de Resende – ACIAR.
Expressiva liderança do PTB, Vereador, de 1947 a 1949, presidiu a Câmara de 15 de março de 1958 a 30 de janeiro de 1959, vice vereador Dr. João Vilela. Vice-prefeito de 1959 – 63. Prefeito interino de março a junho de 60 e de agosto a outubro de 62, vice Dr. João (PSD).
Foi agraciado com a Comenda (Medalha Simão da Cunha Gago) tornando-se, assim, Comendador.
“Bom de papo”, o saudoso Manoel Ramos faleceu em 1999 e foi velado no plenário da Câmara Municipal de Resende, pequena para tantos parentes e amigos que foram dizer-lhe adeus e conduzir seu corpo para o Cemitério Senhor dos Passos, sua última morada...

“Abono de Natal para os servidores públicos...”

Por indicação do vereador Manoel Teixeira Ramos, em julho de 1953, a Câmara Municipal de Resende aprovou a seguinte lei:

Art. 1o – fica concedido a todos os servidores públicos da Câmara e da Prefeitura, um abono de natal, igual a importância que lhes caiba a titulo de vencimentos, remuneração, gratificação, salário ou pensão, no mês de dezembro.

Art. 2o – O abono de natal a que se refere o artigo 1o, terá caráter permanente, ficando o chefe do executivo autorizado a incluir nos orçamentos futuros, verbas necessárias para o devido pagamento.

Art. 3o – Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogando-se as disposições em contrário.

Matéria aprovada sem discussão pela maioria, daí resultou a Lei N. 273/53.





Resolução n. 416, de 9 de agosto de 1958

A Câmara Municipal de Resende, Estado do Rio de Janeiro,
Resolve:

Art. 1o – Fica a Prefeitura Municipal de Resende autorizada a conceder ao Sr. José de Andrade, a permissão para aumentar o abrigo existente na Praça Oliveira Botelho, adaptando ao mesmo instalação para um Bar, conforme planta anexa;
Parágrafo 1o – O abrigo a construir deverá ter as mesmas dimensões do abrigo existente;
Parágrafo 2o – O pé direito do bar está praticamente com 2,55m, fora, portanto, do que estabelece o Código de Obras;
Parágrafo 3o – A altura do forro no ponto extremo é de 2, 40m, dimensão muito baixa para aglomeração de pessoas.

Art. 2o – Em conseqüência das obras realizadas, fica o Sr. José de Andrade com o direito de explorar, gratuitamente, durante 10 (dez) anos, o imóvel em questão.

Art. 3o – Findo o prazo da presente Resolução, a construção reverterá ao patrimônio da Municipalidade, independente de qualquer indenização.

Art. 4o – As atividades do Sr. José de Andrade no imóvel, serão regulamentadas Prefeitura.

Art. 5o – A presente Resolução entrará em vigor na data da sua publicação, revogadas as disposições em contrário.


Gabinete do Presidente da Câmara Municipal, em 13 de agosto de 1958

Manoel Teixeira Ramos
Presidente







Mário de Paula - 1875-1925
Natural do município fluminense de Cantagalo, filho de Luís Francisco de Paula e da professora Lydia Correa de Paula. Casado com D. Celestina de Paula, com quem teve 6 filhos, D. Celestina foi benemérita de várias obras sociais e religiosas de Resende, financiou e até administrou melhoramentos nas igrejas, entre elas a matriz de Nossa Senhora da Conceição – Padroeira de Resende.
Advogado, fazendeiro, promotor público, membro do Partido Republicano Conservador de Resende ocupou diferentes cargos eletivos e por nomeação de interesse da vida pública do município. Líder político foi eleito deputado federal em 1912. Em eleição realizada no dia 19 de dezembro de 1909, o Dr. Mário de Paula foi eleito vereador para o mandato de 1910 a 1912, e escolhido de acordo com o regimento interno para ser o presidente da Câmara daquele período, tendo como vice os Vereadores: Dr. João de Macedo Costa, João Vieira da Silva.
Faleceu em julho de 1925, sepultado no mausoléu da família no Cemitério São João Batista no Rio de Janeiro.

“Presidente Hermes da Fonseca em Resende...”
Em abril de 1911, regressando da viagem a Serra da Bocaína, visita Resende, o presidente da República, General Hermes da Fonseca, acompanhado do Dr. Francisco de oliveira Botelho, Presidente do Estado Fluminense (Governador). O desembarque se deu na estação “plataforma” da Ferrovia Resende a Bocaína, atrás da Santa Casa de Misericórdia. O local foi todo enfeitado, banda de música, foguetes, alunos, professores, autoridades e grande público. Duas meninas, Sulamita de Carvalho e Elvira Bruno, oferecem-lhes grandes ramalhetes de flores vivas, e declama versos:



“Ilustre Marechal, nobre excelência,
que o destino guiais de nossa terra,
recebei, neste preito, a deferência
a adesão pura nossa alma encerra”.

“ Senhor doutor, de vossas mãos depende
desta nobre terra a hegemonia,
a gratidão do povo de Resende,
a vossas luzes seu porvir confia”.

A seguir na residência do Dr. Mário de Paula, Presidente da Câmara Municipal, foi servido laudo (como se dizia na época), banquete, saudando-os o anfitrião. Ao final uma romaria acompanha-os a Estação Ferroviária de Campos Elíseos, e regressam ao Rio de Janeiro.


“ O despejo da Prefeitura...”
1915

O presidente da Câmara Dr. Mário de Paula, não permite que as repartições da prefeitura continue a funcionar no edifício da municipalidade.
Em conseqüência cria-se na cidade, ambiente intranqüilo. O edifício da câmara é ocupado por populares armados.
O prefeito Castelar, isento dos arrebatamentos das paixões locais, resolve instalar a prefeitura em um prédio da rua Cônego Bulcão. A cidade tranqüilizou-se, até quando não se sabe...
Texto assinado por “Tyl”
pseudônimo do jornalista
Alfredo Sodré.

























Mário dos Santos Periquito Neto – 1959
Resendense, filho de Mário Periquito dos Santos Filho e Heloisa Helena Soares Sampaio. Engenheiro, empresário, produtor rural, casado com Kátia Periquito, vereador, presidiu a Casa de Rui Barbosa entre janeiro e dezembro de 1997, tendo como vice Aníbal Rocha Pontes e de janeiro a dezembro de 2000, sendo que nesse ano o vice foi Fernando Quirino.
Durante o mandato do vereador Marinho na presidência da Câmara Municipal, foi iniciado o projeto que abre espaço e permite que qualquer cidadão use a tribuna da casa para assuntos de interesse coletivo desde que sejam previamente agendados. Foi também em sua gestão que ele trouxe a Resende uma das figuras mais brilhantes de nosso tempo o político e escritor Paulo Alberto Monteiro de Barros, que assinava - Artur da Távola, fundador do PSDB, mesmo partido do vereador Maninho com o é chamado, Távola faleceu em maio de 2008.

LEI N. 3386 de 13 de Março de 1997.

EMENTA: Estabelece incentivos fiscais
Face a arborização de calçadas
No Município de Resende e da
Outras providências.

A Câmara Municipal de Resende, Estado do Rio de janeiro. No caso de suas atribuições legais e constitucionais.

Decreta:

Art. 1o – Fica o Município de Resende autorizado a conceder incentivos fiscais ao proprietário de imóvel que venha a promover arborização de suas calçadas. Bem como, efetuar a manutenção das mesmas, na forma da presente lei.

Art. 2o – O imóvel cuja calçada inerente, for objeto de arborização. Fará
Jus a isenção sobre o Imposto Predial e Territorial Urbano – IPTU, a ser lançado no exercício fiscal subseqüente ao da inscrição da mesma no cadastro municipal, cujo percentual será fixado pelo Prefeito Municipal através de Decreto.

Art. 3o – A concessão do beneficio de que trata o art. 1o fica vinculada a projeto elaborado pelo Departamento de Meio Ambiente da Prefeitura Municipal de Resende, assim como de um parecer técnico após a conclusão do mesmo, que farão parte integrante do processo administrativo.
Parágrafo Único – O Departamento de Meio Ambiente, sem prejuízo de outras medidas a serem consideradas, para efeito de análise, deverá levar em conta os seguintes critérios:

I – possíveis riscos as redes elétricas e de esgoto.
II – tipo de piso e dimensão das calçadas
III – risco de deterioração do piso.
IV – plantio de mudas que, preferencialmente, pertençam a flora local.
V – diminuição considerável ao fluxo de pedestres.

Art. 4o – O benefício de que trata a presente lei somente poderá ser concedido a pessoa física ou jurídica que comprove regularidade fiscal com os demais tributos municipais, mediante a apresentação de certidão negativa.

Art. 5o – Ultrapassadas as fases de projeto e parecer, o proprietário formulará o pedido formulará o pedido de desconto, mediante requerimento administrativo junto ao setor responsável pelo cadastro imobiliário municipal, que deverá ser automaticamente lançado para o exercício subseqüente.

Art. 6o – O Município poderá, a qualquer tempo, fiscalizar o cumprimento das obrigações do proprietário, cabendo a revogação automática da concessão, em caso de descumprimento.

Parágrafo 1o – Constatada má-fé por parte do proprietário, incorrerá o mesmo na obrigação de repor a quantia descontada, acrescida de multa e juros legais, bem como, atualização monetária referente ao período.

Parágrafo 2o – Caso o infrator não efetue a quitação do débito dentro do exercício corrente, o mesmo será lançado automaticamente na dívida ativa do Município, para o execício subseqüente.

Art 7o – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

Gabinete do Presidente da Câmara Municipal de Resende, em 13 de março de 1977.

Mário dos Santos Periquito Neto
Presidente
Nei Paulo Panizzutti Júnior – 1957
Natural de Niterói-RJ, filho do professor militar Nei Paulo Panizzutti e Elvira Martins Panizzutti. Mudou-se para Resende em 1968, aos 11 anos de idade, estudou no Colégio Dom Bosco onde foi aluno do seu pai, graduou-se em Três Poços – Volta Redonda na Universidade Oswaldo Aranha – em Engenharia.
Filiado ao PMDB, Na sua gestão, através da resolução nº. 3010, de 20 de agosto de 1992, foi criada a Comenda Conde de Resende, tendo por Artigo Primeiro: “Fica criada a Comenda Conde de Resende com que a Câmara Municipal de Resende, premiará, anualmente, os cidadãos dignos de admiração e aplauso do povo resendense, por sua atuação nos variados campos da atividade humana”.
Ex-diretor do Serviço Autônomo de Água e Esgoto, engenheiro, filiado ao PMDB, vereador, presidente da Câmara de 1992 a 1993.

O saudoso Professor Panizzuti foi presidente da Fundação Casa da Cultura Macedo Miranda, lecionou na Academia Militar das Agulhas Negras durante vários anos e também no Colégio Estadual Pedro Braile Neto. Faleceu em janeiro de 2008 e foi sepultado no Cemitério Senhor dos Passos.
Em sua memória a biblioteca da AMAN passou a ser denominada Prof. Nei Paulo Panizzutti.



Lei N. 2998 de 30 de Junho de 1992.

Ementa:DISPÕE SOBRE A OBRIGATORIEDADE
DE INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS
E SUPERMERCADOS POSSUIREM
BANHEIROS E BEBEDOUROS
PARA O PÚBLICO.


LEI N. 1758 DE 02. 07. 92 PUBLICADA
NO JORNAL A VOZ DA CIDADE N.
5552 DE 08. 07. 92.

A CÂMARA MUNICIPAL DE RESENDE, ESTADO DO RIO DE JANEIRO, NO USO DE SUAS ATRIBUIÇÕES LEGAIS E COSNTITUCIONAIS.

RESOLVE:


Art. 1o – Os bancos e supermercados ficam obrigados a possuírem banheiros e bebedouros para o público em seus estabelecimentos.

Art. 2o – O não cumprimento do prescrito no artigo anterior impedirá a concessão de renovação de alvará de funcionamento.

Art. 3o – Esta lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.


Gabinete do Presidente da Câmara Municipal de Resende, em 01 de Julho de 1992.


Nei Paulo Panizzitti Junior
Presidente





























Newton Junqueira Villa-Forte – 1912-1981
Resendense, o mais velho dos oito filhos do casal José da Siqueira Villa-Forte e Dalila Junqueira Villa-Forte, casado com Maria Martha Junqueira de Andrade Dias, Brigadeiro do Ar, Bacharel em Direito, um dos proprietários do Hotel Fazenda Villa-Forte em Engenheiro Passos, distrito em que residiu e exerceu liderança política e comunitária filiado a UDN e depois a ARENA, eleito vereador, presidiu a Casa de Rui Barbosa em 1963, tendo como vice o vereador Rozendo de Souza. Atuou como voluntário na Defensoria Pública de Resende e recebeu da Câmara Municipal em 1978 o título de “Honra ao Mérito”.

“Aero Clube de Resende”

O Brigadeiro Villa-Forte foi um dos implantadores do Campo de Aviação de Resende. Em 1954 assumiu o cargo de consultor técnico do Aero Clube, fundado em 1942, com o objetivo de promover o ensino e a prática de pilotagem e paraquedismo. Seu primeiro presidente foi o instrutor Arnaldo Alves Barreira Cravo. Durante alguns anos a sede social do Aero Clube de Resende, funcionou em salas da Caixa Rural, hoje Plenário da Caixa Rural.


“Tragédia do Circo”

Na reunião da Câmara Municipal de 19 de dezembro de 1961, o vereador Newton Junqueira Villa-Forte indicou o envio de um voto de pesar pelo trágico falecimento da senhorita Eneida Maia, sobrinha do ex vereador e presidente por vários mandatos da Câmara de Resende, Sr. Reinaldo Maia Souto.

A resendense Eneida Maia, de tradicional família radicada em Itatiaia, foi uma das vítimas do pavoroso incêndio do circo “Gran Circus Norte-Americano” ocorrido em Niterói – RJ, na tarde do dia 17 de dezembro de 1961. Quatrocentas pessoas perderam a vida e outras tantas ficaram feridas, algumas em estado grave.

















































Nivaldo de Oliveira e Silva – 1934
Resendense, filho de Hemílio de Oliveira e Silva e Maria Fontanezzi de Oliveira. Em sua gestão foi acrescentado ao Título de Cidadão Resendense o seguinte parágrafo:
Parágrafo Único – O Título poderá ser conferido “post mortem”.
Médico cardiologista, vice-prefeito em dois mandatos 1997-2000 e 2001-2004. Filiado ao Partido do Movimento Democrático Brasileiro – PMDB. Vereador, presidente da Câmara de março de 1983 a março de 1985, tendo como vice: Pedro Paulo Soares Florenzano.
Em sua trajetória política registra-se ainda ter sido Vice na gestão do prefeito Eduardo Meohas.

Lei N. 1847 de 29 de Maio de 1984.

Autoriza o Poder Executivo a estabelecer
estacionamento rotativo de veículos,
(Zona Azul) mediante pagamento de
tarifa e dá outras providências.

A CÃMARA MUNICIPAL DE RESENDE, ESTADO DO RIO DE JANEIRO,

RESOLVE:

Art. 1o – Fica o Poder Executivo autorizado a implantar em locais previamente determinados o sistema de estacionamento de veículos, (Zona Azul) mediante cobrança de tarifas que serão fixadas em ato próprio do Executivo.

Parágrafo 1o – Na fixação das tarifas serão considerados:
a) o tempo de duração do estacionamento;
b) as condições do local;
c) as características do veículo;
d) e outros fatores que mereçam ser levados em
conta.

Parágrafo 2o – A exploração dos locais destinados ao estacionamento rotativo far-se-á através dos órgãos municipais da administração direta ou indireta, mediante convênio ou por concessão/permissão, obedecidos os preceitos desta Lei e normas suplementares.

Parágrafo 3o – A tarifa fixada só poderá ser reajustada uma vez a cada doze meses, mediante autorização legislativa.

Art. 2o – Em qualquer hipótese, independerá da tarifa estabelecida, o estacionamento:

a) dos veículos oficiais da União
dos Estados e dos Municípios, bem
como de suas Autarquias;
b) os veículos de transporte de passa-
geiros (táxi) e de cargas desde que
utilizem os seus pontos respectivos
pontos;
c) os veículos de transporte coletivos
(ônibus e similares) desde que utilizem
os seus pontos de parada.

Art. 3o – As áreas ou vias de estabelecimento de veículos serão definidos através de rigorosa sinalização regulamentadora, estabelecida pelo Código Nacional de Trânsito e normas complementares.

Art. 4o – O Chefe do Executivo expedirá o Decreto regulamentador no prazo de 40 (quarenta) dias, bem como fixará as tarifas de estacionamento e baixará outros normas necessárias à aplicação da presente Lei.

Art. 5o – Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

Gabinete do Presidente da Câmara Municipal de Resende, em 29 de maio de 1984.


Dr. Nivaldo de Oliveira e Silva
Presidente








Odilon Motinha 1918-1964
Comerciante, mineiro de Matias Barbosa, filho de Arquimedes Motinha e Maria Dias Motinha.
Na sua gestão, através da Resolução nº. 450, de 28 de julho de 1959, foi criado o Título de Cidadão Resendense, tendo por Artigo 1º: “Fica instituído o Título de Cidadão Resendense, a ser conferido a pessoas, nacionais ou estrangeiras, que, residindo ou não no Município, tenham prestado relevantes serviços públicos ou sejam portadores de nome altamente credenciado por dotes de espírito”.
Vereador e presidente da Câmara nos anos de 1959 e 1960.
Filiado e liderança do Partido Socialista Democrático – PSD. Foi Vereador e Presidente da Câmara nos anos de 1959 a 1960, vice – Vereador Noel de Oliveira.
O Vereador Odilon Motinha é o nome da principal praça do bairro Paraíso, 2° distrito. Lei 839 de 9 de maio de 1967.

Resolução n. 449, de 28 de julho de 1959.

A Câmara Municipal de Resende, Estado do Rio de Janeiro,
Resolve:
Art. 1o – Os atuais nomes de praças, avenidas, ruas e demais logradouros públicos do Município de Resende, em hipótese alguma, não deverão ser trocados por outros.

Art. 2o – Fica terminantemente proibido dar-se o nome de pessoas vivas aos logradouros públicos;

Parágrafo único – Ficam confirmados, entretanto, os nomes de pessoas vivas dados aos logradouros públicos anteriormente a esta Resolução.

Art. 3o – Os nomes que serão dados aos logradouros públicos dos loteamentos deverão guardar; o quanto possível, uma ligação – com o nome do Bairro;

Parágrafo único – Aos proprietários dos loteamentos é reservado o direito de dar nome ao Bairro, ad-referendum da Câmara Municipal; as plantas, entretanto, não deverão trazer já escritos os nomes de praças, avenidas, ruas e demais logradouros públicos.
Art. 4o – Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
Gabinete do Presidente da Câmara Municipal, em 30 de julho de 1959.
Odilon Motinha
Presidente.








































Oswaldo Luiz Gomes – 1919-1982
Carioca, Nasceu em 6 de janeiro de 1919, filho de João Luís Gomes Neto e Maria Fagundes Gomes. Casado com Lurdes Machado Gomes.
Advogado, comerciante, um dos fundadores, na década de 1950, da Rádio Agulhas Negras junto com Arísio Maciel, Pedro Braile Neto e outros pioneiros, foi também diretor da Empresa de Energia Elétrica Fluminense, depois CERJ. Filiado ao Partido Trabalhista Brasileiro – PTB, foi eleito Deputado Estadual, Vereador e presidente da Casa de Rui Barbosa no ano de 1953, tendo como vice Dr. Jorge Miguel Jaime.Recebeu o título de Cidadão Resendense em 1966. Através da lei 2088 de 21 de novembro de 1997, Oswaldo Luiz Gomes é o nome da praça junto a ponte governador Miguel Couto, Centro, 1° distrito e do CIEP 487 no município de Porto Real.
Oswaldo Gomes faleceu em janeiro de 1982, quando já havia se lançado a mais uma empreitada política, desta, candidato a Prefeito Municipal.

“Ecos da Assembléia”

“Profícua e eficiente tem sido a atuação de nosso representante na Assembléia Estadual, o deputado Oswaldo Luiz Gomes. S. S. conseguiu que fosse acolhida no plano educacional estadual a construção de dois grupos escolares, servindo aos populosos bairros do Manejo e Paraíso.
Para o término da obra da nova ponte sobre o Rio Paraíba, o nosso representante conseguiu após entendimentos junto ao secretário de viação e obras públicas, a liberação da verba necessária.”

Jornal “A Lyra” 08 de junho de 1955.

Rádio Agulhas Negras – ZYP – 22
“Do Itatiaia para os céus do Brasil”

A rádio – emissora resendense vai começar a sua atividade no dia 29 do corrente – dia do aniversário de Resende.
Embora não esteja definitivamente assentada essa data para a inauguração e quase certo que começaram nesse dia as irradiações. Assim sendo, apenas o dia 30 poderá ser aproveitado para a propaganda eleitoral. De maneira que nossos candidatos deverão aproveitar essas exíguas vinte e quatro horas para se dirigirem ao eleitorado resendense. Os interessados deverão procurar, o Departamento Comercial da emissora local, a fim de garantirem a inclusão de sua propaganda entre as que por certo, e em grande número serão feitas...”

Jornal “A Lyra” Resende, Set. 1950.
Eleitores – 1950

Cidade – 1o Distrito – 3.089
Agulhas Negras – 2o Distrito – 2.981
Porto Real – 3o Distrito – 251
Itatiaia – 4o Distrito – 1.361
Pirangai (Santana Tocos) – 5o Distrito – 303
Pedra Selada (V. Grande) – 6o Distrito – 748
Fumaça – 7o Distrito - 284































Paulo César Cardoso – 1971
Natural do município fluminense de Entrerios, filho de Licinio Cardoso e Odete Martins Cardoso, foi aluno dos Colégios Estaduais Pedro Braile Neto e Dr. Oliveira Botelho, graduou-se na Associação Educacional Dom Bosco.
Empresário, professor universitário, membro do Partido Liberal – PL, foi eleito vereador para o mandato de 2000-2004, presidindo a Câmara Municipal no ano legislativo de 2003 – vice Joaquim Romério de Almeida.

O jovem Paulo Cardoso tomou posse no dia 7 de janeiro de 2000, bem ao raiar do novo ano e com a novidade de ter sido eleito três meses antes do término do mandato da presidência anterior. Até então, a escolha (composição da nova mesa) era realizada com, no máximo, trinta dias de antecedência.
Paulo Cardoso foi eleito para vice do prefeito Sílvio de Carvalho, para o mandato 2005 a 2008.

“Projeto Câmara Cultural...”

Durante a presidência do Vereador Paulo Cardoso, por sugestão do Dr. Marcelo Carneiro, Assessor político da Câmara Municipal implantou-se o projeto Câmara Cultural, que através dos anos tem se mostrado abrangente para o campo do lazer e da cultura da cidade.
Aberto a todas as manifestações culturais e com entrada franca tem oferecido opção de lazer e cultura no plenário da Câmara e no Anexo na Sala Getúlio Vargas.

Lei n. 4048 DE 02 DE SETEMBRO DE 2003.

EMENTA: Dispõe sobre a
obrigatoriedade de afixar
a relação de medicamentos
genéricos do Ministério da
Saúde em farmácias,
drogarias e afins, e dá
outras providências.

A CÂMARA MUNICIPAL DE RESENDE, NO USO DE SUAS ATRIBUIÇÕES LEGAIS E CONSTITUCIONAIS,

DECRETA:

Art. 1o – Ficam obrigadas as farmácias, drogarias e demais estabelecimentos que comercializam fármacos, a disponibilizar para consulta, em local de fácil acesso, o livreto contendo a relação de todos os genéricos que o estabelecimento disponibiliza para comercialização, o qual deverá ser atualizado diariamente.

Parágrafo Único – A relação de que trata o “caput” deste artigo não poderá conter qualquer outro tipo de informação que não seja relacionada com os medicamentos genéricos, salvo alusão obrigatória da presente Lei.

Art. 2o – O descumprimento da presente Lei ensejará na incidência de multa, cujo valor equivalerá a 100 Ufir’s, por cada infração cometida.

Art. 3o – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

Gabinete do Presidente da Câmara Municipal de Resende, em 02 de setembro de 2003.

Paulo César Cardoso
Presidente




















Pedro Braile Neto 1905-1971
Nasceu em Resende no ano da inauguração da Ponte Dr. Nilo Peçanha, “Ponte Velha”. Filho de Antônio Braile e Joana Taranto Braile.
Na sua gestão, em 1966, foi criado o Título de Cidadão Resendense - Vereadores, tendo como Artigo 1º: “Todo brasileiro, nato ou naturalizado, que se eleger Vereador em Resende e diplomado pelo Juiz Eleitoral, que não seja natural do Município, depois de cumprido seu mandato, será considerado Cidadão Resendense”.
O “Pedrinho” como era chamado pelos íntimos, participou ativamente da vida da cidade. Um dos fundadores do Grêmio Luiz Pistarini, diretor do Resende Futebol Clube, diretor artístico da Rádio Agulhas Negras, rotariano, presidente de honra da Associação Operária, casado com Marta Palhas Braile.
Jornalista, proprietário do jornal “O Município de Resende”; comerciante; membro do Partido Trabalhista Brasileiro – PTB, Vice-prefeito; eleito vereador presidiu a Câmara em diferentes mandatos, sendo a primeira vez em 1936 e a última em 1966 o seu vice na presidência da Câmara foi Francisco Tavares de Resende
Distinção Cultural (medalha) no Grêmio Literário de Resende.
Patrono da Cadeira Vinte e Nove da Academia Resendense de História.

“Cartas ao Simão...”

Durante anos, Pedro Braile escreveu crônicas sobre a história das pessoas e da cidade de Resende, endereçada simbolicamente ao Bandeirante Simão da Cunha Gago. Textos divulgados nos jornais, principalmente A Lyra e Rádio Agulhas Negras.
Transcrevemos parte de uma dessas cartas, tendo por tema a Sr. Adriana de Carvalho, na época 1a Dama do Município, empenhada em arrecadar agasalhos para socorrer as pessoas carentes e outras atividades sociais.

Meu Caro Simão
13 de Outubro de 1962.

“Não é de hoje que penso que há muito mais gente boa que má. É comum nestes dias que estamos vivendo aqui nesta sua terra de Nossa Senhora da Conceição do Campo Alegre da Paraíba Nova, dizer-se que precisa-se tomar muito cuidado, tanto são os maus e caloteiros. São mesmos muitos. Mas acontece que a gente marca e enumera esses, esquecendo-se em contra-partida de fazer o mesmo para os bons, para os leais. Para os amigos, para os verdadeiros. E bom, aliás, que assim seja, pois não se teria tempo de fazer outra coisa na vida,tantos são eles.
Ainda agora, leia lá você, meu caro amigo, o que está acontecendo: Li uma carta e a levei a Adriana para me dar o mais importante dela. Sabe o que aconteceu? Uma porção de senhoras estão se preparando para levar fazendas, vestidinhos e pijamas solicitados pela Adriana. Ela fez, como você, já leu aí,meu caro Simão, um relato da situação angustiante da mulher e da criança que precisam se amparadas e terminou mesmo com um grito ouvido e já começaram a atende-la.
Hoje à tarde me entrou aqui no escritório um senhor acompanhado de uma menininha que terá no máximo seis anos. Veio direto a mim, cumprimentou-me amavelmente, e disse:
- Sr. Pedrinho, a minha filha veio trazer esse embrulhinho de fazenda para as crianças de D. Adriana. Peço entregar à ela. Já imaginou o que foi de emoção para mim? Pois então, meu caro Simão, receber daquelas mãozinhas
mimosas, e com um sorriso angelical, um embrulhinho para outras crianças, justamente “as crianças de D. Adriana”.
Disse-lhe “Deus lhe pague”, meu amigo, por estar desde cedo pondo no coração dessa flor de menininha o amor ao próximo. Algo me diz que Deus, na sua infinita misericórdia, fará o grito de socorro da Adriana ecoar através dos vales, das montanhas, dos chapadões, dos campos e das florestas, voltando em forma de roupinhas e panos para as crianças da APMIR. E vou ficando pro aqui, meu caro Simão. Até segunda-feira, se Deus quiser.”
Lá vai um abraço do seu amigo e certo,
Pedro.

Dona Adriana Marchesini de Carvalho foi candidata a prefeita, pelo MOB, em 19 , tornando-se a primeira a pleitear este cargo no município de Resende. Esposa, mãe e avó de prefeito, respectivamente Augusto de Carvalho, Noel de Carvalho Neto e Silvio de Carvalho, atual prefeito, eleito para o mandato 2005 a 2008 e o 41o do município.

“Resende – Primeira mulher a votar...”

Em 03 de maio de 1933, na eleição para a Assembléia Nacional Constituinte, a mulher brasileira pela primeira vez, em âmbito nacional, votaria e seria votada.
Em Resende a primeira mulher a votar foi Maria da Glória R. da Silva, agente postal do Correio em Campos Elíseos.



Pedro Paulo Soares Florenzano – 1953
Filho de Pedro Florenzano e Nadir Soares Florenzano, resendense, Começou trabalhar na década de 1960, ainda criança, como ajudante do Cemitério Senhor dos Passos. A seguir, conquistou relevantes cargos no serviço público municipal e formou-se advogado.
Esportista (futebol), líder comunitário e político, principalmente na Cidade da Alegria, onde reside. Folião, já desfilou na Escola de Samba do Alto dos Passos (bairro onde foi criado), Bloco da Vila Vicentina e outros.
Nas décadas de 1970 e 1980, colaborou sobremaneira com o Centro de Oportunidades Profissionais de Resende – COPRE - criada pelo sindicalista José Duque, de Barra Mansa, e o saudoso José Amaral de Matos.
Em sua trajetória política filiou-se aos partidos MDB/PMDB e PP, eleito vereador pela primeira vez para o período de 1983-1989. Presidiu a Casa de Rui Barbosa em 1994 e 1996. Eleito para o período 2005-2008, Pedro Paulo completa o seu 5º mandato como vereador de Resende.

Lei n. 3293 de 11 de junho de 1996.

Ratifica os compromissos que, entre si,
Estabeleceram o Governo do Estado do
Rio de Janeiro, a Administração
Municipal de Resende e a Volkswagen
Do Brasil S/A, para instalação da Fábrica
De Caminhões e Ônibus; autoriza a
Municipalidade a celebrar convênios e
Acordos com as outras esferas
Governamentais e com a montadora; e dá
outras providências.

A CAMARA MUNICIPAL DE RESENDE, ESTADO DO RIO DE JANEIRO,

DECRETA:

Art. 1o – São ratificados, no que compete à Municipalidade, os comprometimentos multilaterais assumidos pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro, a Administração Municipal de Resende e a Volkswagen do Brasil S/A, para instalação de Documentos de Suporte complementares e no Termo de Compromisso de 10. 07. 95, cujo extrato foi publicado pelo Diário Oficial/RJ, em 13. 07. 95.

Parágrafo único – O referido Termo de Compromisso e seus
Documentos de Suporte passam a partes integrantes
desta Lei, independentemente de transcrições.


Art. 2o – Fica o Poder Executivo autorizado a celebrar convênios ou ajustes, respeitadas as disposições legais e regulamentares pertinentes, com entidades públicas ou privadas, para satisfação dos compromissos ora referidos.

Parágrafo 1o - São ratificados os Termos de Convênio
Especial de Cooperação e Assistência Técnica
PG-152/95-00 e PD-7-003/96, respectivamente de 16.11.
95 e 05.02.95, celebrados entre a Prefeitura Municipal
de Resende (PMR) e o Departamento Nacional de
Estradas e Rodagem (DNER), para implantação e
E melhoramento das travessias inferiores à Rodovia
Presidente Dutra, no Km 300 (alças do acesso à
Churrascaria Embaixador) e Km 298 (passagem sob a
Ponte do Rio Paraíba do Sul).

Parágrafo 2o – Fica o Poder Executivo autorizado a rece-
ber recursos, do Governo do Estado do Rio de Janeiro,
provenientes do Fundo de Desenvolvimento Econômico
e Social/RJ (FUNDES), e reaplicá-los na infra-estrutura
para a instalação da Fábrica de Caminhões e Ônibus
VOLKSWAGEN.

Art. 3o – Para realização, no corrente exercício, das operações financeiras decorrentes do cumprimento dos compromissos ora ratificados, fica o Poder Executivo autorizado a proceder às necessárias aberturas de créditos suplementares e especiais, no Orçamento Geral do Município-versão 1996 (OGM/96), conforme disposto pela Lei Federal n. 4. 320, de 17. 03. 64, artigos 42 e 43.
Art. 4o – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 5o – Ficam revogadas as disposições em contrário.

Gabinete do Presidente da Câmara Municipal de Resende, em 11 de junho de 1996.
Pedro Paulo Soares Florenzano
Presidente
Pedro Paulo Souza Nogueira - 1844 – 1930
Resendense, nascido na Freguesia de Campo Belo “Itatiaia”, filho do Dr. Francisco Xavier de Paula Nogueira e Carolina Honório de Melo Nogueira. Após concluir os estudos primários em Resende, fez o secundário no tradicional “Colégio de Caraçá” – MG e no Seminário de São João, no Rio de Janeiro. Diplomou-se pela Faculdade de Direito de São Paulo, em 1869.
Casou-se em 1872, com Helena Fischer Nogueira, o casal teve 11 filhos, entre eles Francisco de Paula Souza Nogueira que tomou parte da Revolução Republicana de 1893 ao lado de Floriano Peixoto. Em Resende, foi Juiz de paz e de órfãos, de 1872/76, vereador de 1873/80 e de 1883/86, neste último mandato fora presidente da Câmara. Coletor de rendas e provedor da Santa Casa de Misericórdia.
Chegou em Barretos – SP, no ano de 1893, com a família (seus irmãos já estavam em Barretos). Neste local, foi próspero agricultor e exerceu a advocacia, foi também intendente municipal de Barretos em 1899 a 1904. Por isso, no álbum do 1o Centenário de Barretos, dos autores Ruy Menezes e José Tedesco, o Dr. Pedro Paulo foi caracterizado como um “homem de rima têmpera”, sólida cultura e de integridade moral. Pode, de tal forma, atender com toda operosidade as necessidades do município. Foi notável a sua ação como intendente municipal. O Dr. Pedro Paulo Souza Nogueira, faleceu e foi sepultado na cidade paulista de Barretos – famosa por seus rodeios, e que o Dr. Pedro Paulo ajudou a se desenvolver.

“Alvarás de licença...”
O jornal Astro Rezendense, em março de 1875, publicou que o Sr. Pedro Paulo de Souza Nogueira – Presidente interino da Câmara, baixou a seguinte ordem:
“Faço saber aos que o presente edital virem ou dele noticia tiverem, que no dia 01 de maio do corrente ano finda-se o último prazo concedido em lei para os contribuintes de qualquer espécie exibirem os respectivos alvarás de licença, e todos aqueles que não apresentarem serão pelo fiscal multados na forma da lei.
E para que cheguem a noticia de todos mandou-se publicar por três vezes o presente edital.
Secretaria da Câmara Municipal 02 de março de 1875.
Dr. Pedro Paulo Sousa Nogueira














































Pedro Ramos da Silva 1801 - 1872
O Dr. Pedro ramos, formou-se advogado em São Paulo, esposo de Francisca Cândida Adelaide Silva, teve filhos. Fazendeiro radicado em Resende muitos anos foi atuante homem público, exerceu cargos eletivos e de confiança da administração municipal. Militante do Partido Liberal, deputado provincial, vereador por quatro mandatos seguidos, de 1837 a 1852, posteriormente de 1857 a 1860. Presidiu a Câmara Municipal em 1848, quando se comemorou a elevação da Vila de Resende a categoria de cidade.
O Dr. Pedro Ramos da Silva, faleceu em sua fazenda no dia 17 de outubro de 1872 e foi sepultado no cemitério Senhor dos Passos.

“De Vila a Cidade...”
Decreto 438, assinado pelo Visconde de Barbacena, Comendador da Ordem de Cristo e Presidente da Província do Rio de Janeiro.
Artigo único:
“Fica elevada a categoria de cidade a Vila de Resende”
Na sessão solene de 13 de julho de 1848, a Câmara Municipal, presidida pelo Dr. Pedro Ramos, na Câmara Municipal. Este fato histórico foi comemorado com a grande festa cívica e popular.O vereador Padre Mota, um dos responsáveis por esta conquista, não participou do evento, pois faleceu em 1843.
Além do Sr. Presidente, a Câmara era composta dos vereadores:
Antonio Campos Freire
Bento de Azevedo Maia
Francisco de Paulo Vasconcellos
José Rodrigues Neves
Luis Mendes de Andrade Almada























































Rafael Antônio de Andréa – 1883-1930
Resendense, filho de Nicolau de Andréa e Maria Jannuzzi. Próspero comerciante e industrial, esposo de Rozina Ferraiolo de Andréa (4 filhos); e após ficar viúvo casou-se com Joselina Lobato Andréa (2 filhos). Atuante homem público ocupou diferentes cargos eletivos de interesse e confiança da vida pública. Foi um dos fundadores da Caixa Rural de Resende, em 1927, no prédio onde funciona atualmente a Câmara Municipal de Resende.
Rafael Antônio de Andréa foi eleito vereador para o mandato 1922-1923, e presidiu a Câmara nesse período; no entanto, em agosto de 1923, as câmaras e as prefeituras foram dissolvidas em todo o país por ordem do interventor. Eleito ainda para o período de 1930 a 1932 faleceu antes de completar o mandato e foi substituído pelo suplente Francisco Tavares de Resende.

Roque de Santis...
Rafael de Andréa casou-se com Rozina no dia 20 de maio de 1909, na Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição, e um dos padrinhos foi Roque de Santis e sua esposa.
O italiano Roque de Santis, apesar de nunca ter exercido nenhum cargo eletivo teve expressiva participação política na vida do município, industrial, comerciante, proprietário dos cinemas Recreio e Odeon, ofertou o relógio da torre da Matriz, casado com Maria Carmela Santis, faleceu em dezembro de 1945.
Rafael Antônio de Andréa tornou-se nome de um logradouro público que começa na rua Pintor Nunes de Paula e termina na rua Paul Harris, sob a lei 1050 de 20 de outubro de 1970.

























































Reinado Maia Souto 1892-1969
Natural do município de São José do Barreiro – SP, filho de Joaquim Maia Souto e Emília Maria Souto, radicado em Itatiaia, farmacêutico, jornalista e poeta. Entre outras obras Reinaldo foi autor do Livro sobre a História do Centenário de São José do Barreiro.
Filiado do partido PSD/UDN, elegeu-se vereador entre 1940 a 1952. Ocupou repetidas vezes a direção da Câmara Municipal, como foi de 1947 a 1950, quando ele teve entre seus pares, a vereadora Leonor Ferraz (ambos de Itatiaia, a segunda mulher a exercer este cargo no município de Resende. Reinaldo Maia Souto, através da resolução n° 864, de 25 de julho de 1967 recebeu o título de Cidadão Resendense.
No ano de 1949, o vereador Reinaldo Maia Souto, exercendo mais um dos vários mandatos que ocupou de Presidente da Câmara Municipal, participou da abertura solene e festiva do abrigo “Tabuleiro da Baiana” – Praça Esperanto em Campos Elíseos. A obra foi construída para servir de abrigo (ponte de ônibus) aos pedestres, o nome “Tabuleiro da Baiana” foi copiado pela imaginação popular do famoso tabuleiro carioca.
Na presidência da Câmara o vereador Reinaldo teve os seguintes vices: Dr. Haroldo Vianna Rodrigues, João dos Santos Viana e João Maurício de Macedo Costa.
“Inauguração da AMAN”
A Academia Militar das Agulhas Negras – AMAN, solenemente inaugurada no dia 11 de maio de 1944. Entre outras autoridades, acompanhado de outros vereadores, também esteve presente naquele ato histórico, o Sr. Reinaldo Maia Souto, Presidente da Câmara Municipal de Resende. A bandeira da Academia foi conduzida pela Senhora Emilia Santa Rosa, prestes a completar 100 anos de vida, festejada cantora de músicas sacras – a mesma que cantou e encantou a Princeza Izabel em sua visita a Resende no século XIX.
A cantora Emilia Santa Rosa, faleceu em Niterói aos 107 anos e por sua vontade foi sepultada no Cemitério Senhor dos Passos. No ano da inauguração da AMAN, a Casa de Rui Barbosa, além do presidente Reinaldo Maia Souto, era composta dos vereadores: Antonio Francisco Diniz, Dr. Badger Teixeira da Silveira, Elmio Guimarães, Francisco Tavares de Resende, Dr. Haroldo Vianna Rodrigues, Hostílio de Souza, João dos Santos Viana, Dr. João Vilela Alves Leandro, João Mauricio de Macedo Costa, José Rodrigues Pedreira e Manoel Teixeira Ramos.













































Rodolfo Fortes Diniz Junqueira 1853-1940
Engenheiro nascido em Baependi - MG, filho de José Franklin Junqueira e Inácia Eufrozina Fortes Junqueira. Rodolfo Fortes fundou o clube republicano em Santana dos Tocos, freguesia onde era radicado e tinha propriedades. Vereador, presidente da Câmara em 1889.

“República”

A notícia da Proclamação chegou a Resende tarde da noite, por esta razão só na manha de 16 de novembro de 1889, o presidente da Câmara Municipal Dr. Rodolfo Fontes Diniz, proclamou oficialmente, em Resende, o advento da República, hasteando na fachada do edifício municipal, a bandeira do novo Brasil. Ato assistido por grande número de pessoas.
Discursou também na ocasião, o Dr. Gustavo Gomes Jardim (vereador em seguidas legislaturas), ardoroso abolicionista e republicano. Ao final daquela comemoração histórica foi lavrado na ata da sessão:
“O povo e a Câmara Municipal de Resende, aderindo completamente a forma de Governo Republicano, proclamada na Capital do Brasil, pelo Governo provisório organizado pelo enclítico General Deodoro da Fonseca, e reconhecendo ser essa forma de governo, a única compatível com a dignidade de um povo livre...”

Viva a República Brasileira !
Viva o Governo Provisório!
Viva o enclítico General Deodoro!
A seguir as comemorações foram para as ruas da cidade, com muito foguetório e bandas de música e a palavra de ordem era:
“A República e a paz e o respeito, dignidade e a liberdade reconhecida como primeiro direito do povo”.
Além do presidente Dr. Rodolfo Diniz, a Câmara Municipal era composta dos Veradores:
Dr. Alfredo Thomaz Whately
Eugênio Sampaio Teixeira Pinto
Gabriel Francisco de Mé Junqueira
Capitão João Ferreira
João Dias Fernandes
José Wenceslau da Cunha
José Wenceslau de Souza Arantes
Tito de Sá Macedo Carvalho











































Roque Cerqueira da Silva 1948
Natural do município de Mairi, estado da Bahia, filho de Abelardo Leandro da Silva e Valdevina Cerqueira da Silva. Empresário, casado com Dora Cerqueira (3 filhos), filiado ao PMDB, vereador eleito para o mandato de 1997 a 2000, presidiu a Câmara em 1998. Na sua gestão foi realizada a obra de reforma do prédio da Câmara Municipal, construído na década de 1920 para sediar a Caixa Rural de Resende (prédio que já abrigou o Banco do Brasil e o Museu de Arte Moderna).

“O Prédio da Câmara”

O prédio da Caixa Rural, o primeiro “arranha céu” da cidade, foi uma ambiciosa e arrojada tarefa dos sócios da caixa, liderados pelo tabelião Noel de Carvalho, tendo como depósito inicial a cota em dinheiro do jornalista Alfredo Sodré. A construção foi iniciada em janeiro de 1922 e concluída com grande festa em junho de 1926.
A Caixa Rural – “cooperativa de crédito” já existia desde 1921 e funcionou até 1937 quando por problemas de liquidez financeira encerrou as atividades.
O prédio foi adquirido pelo Banco do Brasil que nele instalou sua agência a partir de junho de 1940. e o doravante parte dos três andares da casa foram cedidos pelo banco e ocupados também com outras atividades públicas, entre elas o Museu de Arte Moderna. Em 19 o Banco do Brasil mudou-se para a sua agência nova em Campos Elíseos. Finalmente na gestão do prefeito José Marco Pineschi (1972) a prefeitura comprou o prédio e a Câmara Municipal que funcionava na Praça do Centenário (biblioteca) transferiu-se para lá.
Em 1998 através de parceria com o Banco do Brasil e sob a presidência do vereador Roque, o prédio foi totalmente reformado, trabalho supervisionado pelo Arquiteto Wellington Rennó Kneip.
Para homenagear uma de suas mais antigas ex-funcionárias, o centro administrativo leva o nome de Sueli Rosas, ato perpetuado com a colação de uma placa com a presença da homenageada. Funcionária concursada, Bacharel em Direito, Sueli trabalhou na Câmara durante 30 anos.

Lei N. 3494 de 19 de Março de 1998
EMENTA: Proíbe a venda de cigarro e fumo
de qualquer natureza, para menores
de dezoito anos, nos estabelecimentos
comerciais do Município de Resende e
dá outras providências.
A Câmara Municipal de Resende, Estado do Rio de Janeiro, no uso de suas atribuições legais e constitucionais;

Art. 1o – Fica proibida a venda de cigarro e fumo de qualquer natureza para menores de 18 (dezoito) anos, em todo os estabelecimentos comerciais do Município de Resende.
Art. 2o – Sem prejuízo das sanções previstas no art. 243, da Lei n. 8. 069, de 13 de julho de 1990, incorrerá o infrator nas penas cumulativas abaixo descritas:
I – advertência;
II – multa;
III – cassação do alvará.

Parágrafo 1o – Concominante às sanções previstas no “caput” deste artigo, ficará o proprietário do estabelecimento obrigado a comparecer a palestra cujo tema verse sobre os malefícios do tabagismo, a ser ministrada por profissional da Secretaria Municipal de Saúde.
Art. 13 – Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 14 – Revogam-se as publicações em contrário.

Gabinete do Presidente da Câmara Municipal de Resende, em 26 de maio de 1998.

Roque Cerqueira da Silva
- Presidente -
















Rozendo de Souza 1917-1999
Mineiro, um dos filhos do casal Abílio de Souza e Maria Zenaide de Souza (Dona Cotinha), casado com Elza Vilela de Souza.
Engenheiro civil, rotariano, diretor do DER – RJ ocupou o importante cargo de assessor direto do Dr. Régis Bitencourt (Nome da rodovia em São Paulo). Mandatário do Departamento Nacional de Estradas de Rodagem, o poderoso DNER. Neste cargo, alocou várias obras públicas para Resende e toda a região.
Líder político filiado ao PSD elegeu-se deputado federal em dois mandatos. Usava como slogan “Rozendo é Resende!”. Vereador de 1963 a 1966 presidiu a câmara no primeiro ano deste quadriênio.
A Câmara Municipal distinguiu o Dr. Rozendo de Souza com o titulo de Cidadão Resendense, ele foi entregue em setembro de 1976, durante os festejos de aniversário do município. Através da lei n° 2191 de 8 de agosto, tornou-se nome de uma rua em Resende, no parque Ipiranga, 1° distrito.

Resolução n. 606, de 29 de março de 1963

A Câmara Municipal de Resende, Estado do Rio de Janeiro,

Resolve:

Art. 1o – Tendo em vista a construção da Represa do Funil, fica expressamente proibido o sepultamento no Cemitério Municipal da Vila de Pirangaí.

Art. 2o – Fica o Prefeito Municipal autorizado a regulamentar com as partes, a exumação dos corpos de acordo com as Posturas Municipais.

Art. 3o – Revogam-se as disposições em contrário, entrando a presente Resolução em vigor na data de sua publicação.

Gabinete do Presidente da Câmara Municipal, em abril de 1963.

Rozendo de Sousa
Presidente















































Sérgio Bernardelli – 1939
Resendense, filho de Jacy Bernardelli e Abela Abba Bernardelli, administrador de empresas, líder político comunitário no distrito de Porto Real. Fez o curso primário na Escola Julia Graciane Marassi, fez o curso ginasial no Colégio Verbo Divino, formou-se Técnico em Contabilidade na SABEC, e graduou-se na primeira turma de Administração da SOBEU. Serviu o Exercito em 1958 e saiu como 3o Sargento. Filiado ao MDB depois PMDB, eleito em três mandatos para vereador sendo o primeiro de 1977 a 1982. Presidiu a Câmara em 1980, tendo como vice o vereador Juracy Aguiar Cunha.
Primeiro prefeito eleito do Município de Porto Real, que foi emancipado de Resende em 1995, para o mandato de 1997 a 2000. Reeleito para o mesmo cargo de 2000 a 2004. Foi vereador de 1977 a 1982, presidindo a Câmara Municipal de Resende em 1980. Foi eleito novamente vereador para o mandato de 1983 a 1988.
O vereador Bernardelli foi em 1992, o autor da indicação que originou a construção do conjunto residencial “Bairro novo Horizonte”, com 280 casas populares, em Porto Real, na época ainda Distrito de Resende.

LEI N. 1 582 de 21 de agosto de 1980.

A CÂMARA MUNICIPAL DE RESENDE, ESTADO DO RIO DE JANEIRO,

RESOLVE:

Art. 1o – Fica o Poder Executivo autorizado a efetuar a permuta de uma área de terreno pertencente à Municipalidade, com 15, 00 metros de frente para a rua “A”, igual medida na linha dos fundos, e 60, 00 metros de ambos os lados, por onde confronta com os lotes 62, 64, 65, 66 e 68, totalizando a área de 900,00m2, por área de propriedade do Dr. Salim Salomão Alves, constituída pelos lotes números 63 e 70, que possuem em conjunto 900,00m2, confrontando por todos os lados na extensão de 30,00 metros, com a rua “A”, com a rua Vila Nova, lote 61 e lote 69, terrenos esses todos situados no loteamento denominado Vila Santo Amaro, no 1o Distrito deste município.

Art. 2o – A área a ser adquirida pela permuta, destinar-se-á à construção de Posto de Saúde para atendimento dos moradores da Vila Vicentina, Bairro Santo Amaro e adjacências.

Art. 3o – Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

Gabinete do Presidente da Câmara Municipal de Resende, em 21 de agosto de 1980.

Dr. Sérgio Bernadelli
Presidente



































Sérgio Moisés – 1950
Filho do conhecido médico Nicolau Moisés, falecido recentemente e Maria Izabel Guimarães Moisés, o Resendense Sérgio Moisés foi irrequieto aluno do Colégio Dom Bosco, deu trabalho aos seus professores, mereceu cuidados dos saudosos Dr. João Villela e Dona Zenaide, zelosos proprietários daquela tradicional escola.
Sérgio Moisés formou-se em advocacia, empresário e há muitos anos mudou-se para São Paulo.
No campo político, filiou-se a ARENA e eleito vereador municipal para o mandato de 1977 a 1982, presidindo a Casa de Rui Barbosa em 1979, tendo como vice o vereador Sérgio Bernadelli.
Licenciado da vereança por determinado período, a sua vaga passou a ser ocupada pelo suplente Oswaldo Fernandes Nogueira, o popular “Secretário”, requisitado prático de farmácia, durante anos funcionário da saudosa Farmácia Central de Campos Elíseos. Faleceu em maio de 2002 e foi sepultado no cemitério Senhor dos Passos.

“Louva-se o ato do vereador Sérgio Moisés, que na presidência da Câmara adquiriu e disponibilizou principalmente as escolas, o livro “Resende em Revista”, obra do também Edil, José Rodrigues Pedreira, com interessantes registros da história de Resende.

LEI N. 1.544 de 29 de novembro de 1979.

Autoriza a cessão de uso do terreno ao SENAI.

A CÂMARA MUNICIPAL DE RESENDE, ESTADO DO RIO DE JANEIRO,

RESOLVE:

Art. 1o – Fica o Prefeito Municipal autorizado a fazer cessão de uso ao Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – SENAI – Departamento Regional do Estado do Rio de Janeiro, de uma área situada em rua projetada, perpendicular à Avenida Marcílio Dias, com 10. 926, 00m2, medindo 131,00 metros de frente, 77,50 metros na confrontação com terrenos cedidos ao SENAC, por uma linha quebrada de 40,00 metros mais 8,50 metros na confrontação com terrenos cedidos ao SESI, 91,00 metros na confrontação com área remanescente da Prefeitura e 86,00 metros no alinhamento de outra rua projetada.

Art. 2o – A área prevista no artigo anterior com as características cosntantes da planta autenticada e que fica fazendo parte integrante desta Lei, destinar-se-á à construção pelo SENAI, de um Centro de Ensino Profissionalizante.

Art. 3o – Caso o cessionário do uso não inicie a construção do Centro, no prazo de um (1) ano, a contar da cessão, ou, a qualquer tempo, que for dada ao imóvel outra destinação, ficará sem efeito a cessão de uso, retornando o imóvel à propriedade plena da Prefeitura Municipal de Resende, com todas as benfeitorias, sem qualquer indenização ou direito de retenção.

Art. 4o – Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

Gabinete do Presidente da Câmara Municipal de Resende, em 29 de novembro de 1979.

Dr. Sérgio Moisés
Presidente























Valmir dos Santos Rodrigues – 1947-2008
A carreira política deste resendense quase foi cancelada ou adiada. Bancário, ainda jovem foi radialista amador com programa na Rádio Agulhas Negras.
Na década de 1970 concorreu para locutor no programa “A Grande Chance”, comandado por Flávio Cavalcanti na extinta TV Tupi, no Rio de Janeiro. Valmir venceu o concurso, mas não seguiu a carreira.
Filho de José Rodrigues e Zilda dos Santos Rodrigues Casado com Georgina Azevedo Valin. Advogado, empresário, comunicador. Filiado ao Movimento Democrático Brasileiro – MDB foi eleito vereador, presidindo a Câmara de março de 1981 a maio de 1982, vice Juracy Aguiar Cunha.
No segundo semestre de 1982, de acordo com a lei eleitoral, o prefeito Noel de Carvalho afastou-se do cargo para concorrer à Câmara Federal. Seu vice, Oscar Nogueira Sampaio, também se afastou para tentar se eleger prefeito municipal. Nestas circunstâncias o presidente da Câmara Walmir dos Santos Rodrigues, assumiu a vaga e completou o mandato como prefeito até 31 de Dezembro daquele ano.
Eleito para o cargo de vice-prefeito do município de Itatiaia para o período legislativo de quatro anos a partir de 2005 faleceu em Março de 2008 antes de completar o mandato. Maçom, seu velório foi realizado na loja maçônica Lealdade e Brio, e com a presença de grande número de parentes e amigos foi sepultado no cemitério Senhor dos Passos.

Lei n. 1692 de 17 de setembro de 1981.

A CÂMARA MUNICIPAL DE RESENDE, ESTADO DO RIO DE JANEIRO,

RESOLVE:

Art. 1o – Fica o Poder Executivo autorizado a outorgar concessão de uso, a favor da Sociedade Pestalozzi de Resende, de um terreno de propriedade do município com 2. 901,19 (dois mil novecentos e um e dezenove metros quadrados), situado no loteamento denominado Parque Ipiranga, no 1o Distrito, medindo 37,00m para a Estrada da Limeira, 54,00m para a rua 10, 85,00m em confrontação com maior porção da Prefeitura Municipal de Resende e 99, 00m com o Ribeirão Botelho.

Art. 2o – A concessão de uso de que trata esta Lei, será feita com o encargo de ser construída e mantida na área concedida, estabelecimento especializado na educação e tratamento de individuo considerados excepcionais.
Art. 3o – A presente concessão de uso, vigorará por um prazo de 30 (trinta) anos, podendo ser prorrogada, e será considerada revogada se, dentro de 4 (quatro) anos, não estiver funcionando no local o estabelecimento especializado, ou, a qualquer tempo, que for dada ao imóvel outra destinação.

Parágrafo Único – A concessão estabelecida neste artigo será regida pelo Decreto Lei n. 271, de 28 de fevereiro de 1967.

Art. 4o – Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogada as disposições em contrário.

Gabinete do Presidente da Câmara Municipal de Resende, em 17 de setembro de 1981.

Dr. Valmir dos Santos Rodrigues
Presidente
























Virgílio Alves Diniz – 1932
Nascido no município de Bocaina, estado de Minas Gerais, filho de Josias Alves Diniz e Virgínia Magdalena Diniz, recebeu o Título de Profissional Emérito no ano de 1974 e o Título de Cidadão resendense em 1975. Casado com Ângela Balieiro Diniz.
Formado pela Faculdade de Medicina de Minas Gerais, diretor clínico da Santa Casa de Misericórdia e da Associação de Proteção à Maternidade e a Infância de Resende - APMIR. Filiado ao partido da União para o Desenvolvimento Nacional - UDN, Vice-prefeito, vereador e presidente da Câmara em 1970, 1973 e 1974. Foi vice do prefeito José Marco Pineschi, no mandato tampão de 1971 a 1972.

“Morte de JK”

Na sessão ordinária da Câmara Municipal do dia 22 de agosto de 1976, quinta feira seguinte ao falecimento de JK, foi aprovada por indicação do vereador Isaac Politi propondo um voto de pesar à família do ex-presidente na mesma sessão houve o protesto da vereadora Maria Aparecida de Araújo, pelo fato de a Câmara não ter hasteado a bandeira nacional a meio mastro.
Em respeito ao luto de três dias decretado pelo então prefeito Dr. Aarão Soares da Rocha. Fato contestado pelo Vereador Nilton de Souza Nascimento, sob argumento de que a bandeira não foi hasteada porque a Câmara demorou para saber a medida do prefeito.
Antes do término da sessão, outros vereadores enalteceram a trajetória política de Juscelino Kubitschek de Oliveira e lamentaram ainda a morte de Geraldo Ribeiro, motorista do ex-presidente, que também faleceu no mesmo acidente, naquele fatídico domingo de 22 de agosto de 1976, que levou verdadeira multidão ao cemitério Senhor dos Passos, onde os corpos ficaram por algumas horas antes de serem transladados para o Rio de Janeiro.



















































Bibliografia:

Atas da Câmara Municipal de Resende
Acervos: Câmara Municipal de Resende e
Arquivo Histórico Municipal de Resende

BOPP, Itamar – Resende, Cem Anos de Cidade
1848 – 1948, Gráfica Sangirand, São Paulo, 1978.

BENTO, Cláudio Moreira – A Saga da Santa Casa de Misericórdia de Resende – 1992.

Crônicas dos Duzentos Anos – Academia Resendense de História – ARDHIS – 2001.

MAIA, Carneiro de Azevedo, João – Do Descobrimento do Campo Alegre atpe a Criação da Vila de Resende, 1987.

Jornais:
Astro Rezendense, O Itatiaya, O Tymburibá, A Lyra, A Opinião.

Revistas:
ACIAR, Arquivo Histórico Municipal

Almanaque de “O Municipal” – Resende no seu Ducentésimo Ano de Existência, 1944.
Papelaria São José – SANTOS, Ary/ BRAILE NETO, Pedro.

Um comentário:

Fernando Lemos disse...

Correção necessária:

O Jornalista José Alfredo Sodré não morreu em 1965, mas em 1955. O jornal "O Tymburibá" não foi adquirido por Alfredo Sodré em 1996, mas em 1896.